Entre os dias 26 de janeiro a 21 de feveiro, o Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1537 - Centro) recebe a 5ª edição do Simbio. No dias 26 a partir das 19h.
O evento propõe a abordagem de temas contemporâneos com a arte colaborativa, simbiose artística e a capacitação constante de público e profissionais de Arte Contemporânea.
A abertura do Simbio acontece no dia 26 de janeiro, terça-feira, às 19h também no Espaço Mari'Stella Tristão. Na ocasião será apresentada a performance “Bacana dentro, malandro fora”. Realizada coletivamente pelos artistas Warley Desali, Affonso Uchôa e Edinho Vieira, a performance consiste na faceta mais física e direta do trabalho “Izidoro, presente”, que será apresentado por Desali nesta edição do evento. Aproximadamente trinta moradores das ocupações irão construir com as próprias mãos um barraco de lona no interior da galeria.
Foram convidados os artistas plásticos Aruan Mattos e Flavia Regaldo, Barulhista, artista sonoro e compositor de trilhas sonoras, a bonequeira Cássia Macieira, o fotógrafo João Castilho, o performer e artista plástico Shima; e o grafiteiro Warley Desali.
As exposições?
Nome: Aruan Mattos e Flavia Regaldo
Obra:De Passagem
Sinopse:Entre o Palácio das Artes e o Parque Municipal de Belo Horizonte existe uma cerca de metal em toda a extensão de encontro. Em De Passagem os artistas partem de negociações com as instituições estadual e municipal para conseguirem a permissão para instalar uma ponte entre as duas posições. A sistematização intangível, a burocracia, os lados inatingíveis. O tamanho da ponte talvez não meça a distância entre o parque e a galeria. E se a ponte é inalcançável, é na utopia que se idealiza projetos fabulosos para se chegar ao outro lado da cerca.
Sobre os artistas:Aruan Mattos e Flavia Regaldo são belo horizontinos e trabalham juntos desde 2009. Desenvolvem seus trabalhos principalmente em Belo Horizonte. Participaram de Residências Artísticas dentro e fora do Brasil, realizaram exposições em Minas Gerais, São Paulo, Ceará e Argentina. Ganharam prêmios e, entre outros, foram ganhadores da Bolsa Funarte de Estímulo à Produção em Artes Visuais (edição 2012). Desde 2014 participam da organização e curadoria da Residência Artística Mutuca - RAM. Mais informações em maquinasinuteis.org
Nome: Barulhista
Obra: Musicorama
Sinopse:Objeto sonoro projetado para crianças (incluindo as de maior idade) em formato de pinball, onde o jogador manipula sons e efeitos durante a partida através do trajeto das esferas em determinadas regiões do jogo. Esses sons seguem uma escala harmônica e timbrística específica, produzindo uma música aleatória.
Sobre o artista:Barulhista é artista sonoro, compositor de trilhas sonoras, pesquisador de práticas eletroacústicas. Nascido em Belo Horizonte, apresenta trabalhos em diversos suportes com o que chama de ‘Música para dançar sentado’.
Nome: Cássia Macieira
Obra:Resiste Isidoro: convívio
Sinopse:Resiste Isidoro: convívio é um vídeo que registra o convívio na Ocupação Resiste Isidoro, em 2015. Obra coletiva que vislumbra o empoderamento do cidadão comum, com gestos; como bordar e costurar ressignificando o ato criativo, na tentativa do asseguramento ao pertencimento, apropriação da vida social, troca de afeto e de saberes, entre moradores e visitantes.
Sobre a artista:Artista plástica. Doutora em Literatura Comparada e Mestre em Artes Visuais - UFMG; Bacharel em Gravura e Cinema de Animação /UFMG. Foi visitante-pesquisadora no Institute Supériéure des Marionnettes - Charleville Méziéres em 2001.Membra do Grupo de Pesquisa POS-LIT UFMG: Intermídia: estudos sobre a intermidialidade e professora no Curso de Design da FUMEC/MG. Membra da ATEBEMG- Associação Mineira de Teatro de Bonecos; e Associação Internacional de Marionetistas/ UNIMA. Co-autora do livro: Na rua: pós-grafite, moda e vestígios, 2007.
Nome: João Castilho
Obra: Impasse
Sinopse: Na origem está a imagem, uma imagem. A partir daí ela pode sofrer uma metamorfose e virar outra coisa; uma fotografia, um deslocamento, uma escultura, um vídeo, e ser um outro tipo de imagem. A apresentação do artista João Castilho compreende um grupo de trabalhos que mostram situações em que nenhum progresso é possível. Trabalhando com diversos meios e materiais, o artista nos apresenta um desacordo, um impasse. Tentando criar obras que rebatam criticamente a conjuntura geopolítica global, das suas nuances até seus maiores movimentos, os trabalhos têm um forte caráter indicial, em grande parte nascido de uma relação de conexão física com o mundo, tornando as obras a um só tempo literais e alegóricas, em suma, reflexivas.
Sobre o artista: João Castilho trabalha com fotografia, vídeo, escultura e instalação. Seus trabalhos têm inspiração na literatura, na arte, na cultura popular, na atualidade e em sua própria história oscilando entre a memória pessoal e coletiva. João explora temas existenciais e políticos da vida e da morte, do bem e do mal, da inocência e da culpa, da pulsão e do medo.
Nome: Shima
Obra: Entre
Sinopse:Entre é sobre hiatos. A obra pretende extrapolar os limites da galeria, entrando nos cinemas, na internet, na memória das pessoas. É uma tentativa em vão de reproduzir uma idéia já executada anteriormente, no formato audiovisual para cinema. O visitante é colocado entre duas TVs, em contato com um dos trabalhos em sua completude, e uma versão alternativa da mesma, sem edição, com todas as trilhas gravadas em ordem cronológica. Simultâneo a esta idéia, o artista-chave busca anular sua presença, delegando a execução da obra a parceiros/colaboradores. Entre a intenção e a execução, o resultado final é um amálgama repleto de intenções e ruídos, provocando então um campo a ser preenchido com as reflexões do espectador.
Sobre o artista: Shima é artista. Noemi Assumpção, Rômulo Braga, Daniella Domingues, Fillipe Hott, Marcia Lousada, Glaydson Mendes, Daniel Nunes, Rafael Perpétuo, C.L Salvaro, Carolina Santana, Raquel Schembri, Mariana Teixeira e Benedikt Wiertz são artistas.
Nome: Warley Desali
Obra:“Izidoro, presente”
Sinopse:O projeto “Izidoro, presente” criará uma “ambiência de ocupação” dentro do Espaço Mari'Stella Tristão, trazendo um pouco da vida das ocupações do Izidoro pra dentro do Palácio das Artes. O trabalho conta com 16 fotografias, uma projeção de vídeo e um barraco de lona (similar às primeiras moradias das ocupações) construído dentro Espaço. Ao redor das fotografias, pendurados na parede, e em volta do barraco, no chão, haverá alguns objetos dos próprios moradores da ocupação: martelos, facões, serrotes, faixas e cartazes. O barraco de lona e os objetos posicionados no interior da galeria serão confeccionados através da performance “só a violência ajuda onde a violência reina”, que será realizada, com os moradores da ocupação Izidoro, no dia de abertura da exposição.
Sobre a artista: formado em Artes Plásticas pela Escola Guignard (UEMG), Bacharel em fotografia e pintura, atualmente faz licenciatura em arte educação. Em sua trajetória artista, participou de diversas exposições no Brasil e no exterior. Desde o final de 2010, organiza e é curador da Galeria em processo itinerante Piolho Nababo, que acontece em diversos espaços alternativos de Belo Horizonte