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'Aqueles Dois', peça sobre afeto que resiste à homofobia, volta ao cartaz em BH

Palácio das Artes

'Aqueles Dois', peça sobre afeto que resiste à homofobia, volta ao cartaz em BH

Evento encerrado

Valor entrada

  • 40 Inteira
  • 20 Meia

Data

15/03 até 31/03

Sex, Sab | 20:00 - 21:30

Dom | 19:00 - 20:30


Créditos da imagem: Lu Barcelos/Divulgação
Com mesmo elenco desde 2010, peça atravessou mudanças na vivência da população LGBTQIA+ ao longo de 17 anos sobre os palcos
Com mesmo elenco desde 2010, peça atravessou mudanças na vivência da população LGBTQIA+ ao longo de 17 anos sobre os palcos

Velho conhecido dos palcos de BH, 'Aqueles Dois' volta ao cartaz na capital mineira após intervalo de cinco anos, em temporada entre 15 e 31 de março, de sexta-feira a domingo, na Sala João Ceschiatti do Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1537 - Centro). O espetáculo da Cia Luna Lunera, baseado em conto homônimo de Caio Fernando Abreu (1948-1996), apresenta a relação entre Raul e Saul, colegas de trabalho que se envolvem afetivamente e sofrem homofobia. 

Tempo de estrada

Lançada em 2007 com estreia nacional em BH, a montagem da companhia belo-horizontina foi sucesso de crítica e público, com apresentações em 8 países e passagens por 25 estados brasileiros. O elenco é mantido na mesma formação desde 2010, com Cláudio Dias, Guilherme Théo, Marcelo Soul e Odilon Esteves revezando-se entre os papéis dos dois protagonistas.

"Um texto sempre atual, que já percorreu por mais de 20 capitais brasileiras, diversas cidades do interior do país, e que já foi apresentado em países da América Latina, em espanhol. É um trabalho que conquista o público por onde passa. Uma história tão linda e delicada e ao mesmo tempo tão necessária", destaca Cláudio Dias, que além de integrar o elenco também assina a direção em parceria com Marcelo Soul, Odilon Esteves, Rômulo Braga e Zé Walter Albinati

Combate à homofobia

Publicado originalmente em 1982, o texto original de 'Aqueles Dois' traz Caio Fernando Abreu em um exercício comum à sua obra, onde autobiografia e ficção confundem-se para contar uma história de isolamento e resistência. Os desafios em que o texto toca, porém, são universais, como aponta o ator e diretor Odilon Esteves. 

"O espetáculo, além de tratar do preconceito, fala também de solidão e de afeto. O texto toca muito na possibilidade de conhecermos alguém, seja um amigo, um amor, mas alguém que faça a vida da gente vibrar em uma relação recíproca", observa o intérprete. Ele ressalta que o preconceito contra homossexuais, principal conflito que norteia a obra, assumiu características diferentes desde o lançamento do conto, assim como também era outra a situação da população LGBTQIA+ quando a peça fez sua estreia há 17 anos.

"Muita coisa em relação ao preconceito por orientação sexual no Brasil mudou, e me arrisco a dizer que mudou muito quase que no mundo inteiro. Mas, ao mesmo tempo, a gente ainda se depara com o conservadorismo, com a sociedade tentando voltar as coisas para como eram antes", diz Odilon. Para o ator, nas quase duas décadas que separam a estreia de 'Aqueles Dois' e a nova temporada em BH o desafio pode até ter mudado de cara, mas o preconceito ainda se impõe e precisa ser combatido. 

"Em outubro do ano passado, por exemplo, teve projeto de lei que proíbe o casamento de pessoas com o mesmo sexo. O texto ainda será analisado, mas é um retrocesso imenso se isso for implementado. Então, é preciso ser vigilante e combativo. E acredito que o espetáculo 'Aqueles Dois' vem cumprindo esse papel", completa Esteves.

Ingressos e detalhes

A temporada de 15 a 31 de março tem sessões às sextas e sábados às 20h, ou aos domingos às 19h. Ingressos a R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada) estão à venda pela internet ou na bilheteria do Palácio das Artes. Classificação indicativa: 16 anos. Mais informações: (31) 3236-7400.

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