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Níveis de reservatórios ainda são críticos

Chuvas que têm caído nos últimos dias na Grande BH ainda não foram suficientes para o Sistema Paraopeba



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Precipitação tem sido insuficiente para recompor o nível dos reservatórios
Redação Sou BH
23/02/15 às 16:21
Atualizado em 01/02/19 às 19:08

Mesmo com o aumento das chuvas na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) este mês, o nível do Sistema Paraopeba - composto pelos reservatórios Rio manso, Serra Azul e Vargem das Flores - que abastece a Grande BH, manteve-se praticamente estável nos últimos 30 dias. Ontem estava 30,5%, volume apenas 0,2% superior ao registrado no dia 20 de janeiro. Com isso, o risco de desabastecimento já nos próximos meses continua alto. 

Conforme a presidente da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), Sinara Meireles, mesmo com as chuvas, a precipitação tem sido insuficiente para recompor o nível dos reservatórios. E reforçou a necessidade de economizar água. "Mantêm-se a preocupação, o alerta e o pedido para que todos economizem água. Infelizmente, não podemos baixar a guarda", afirmou, ontem, durante reunião com vereadores da Capital na sede da Copasa. 

Dos três reservatórios que compõem o Paraopeba, o Rio Manso, inclusive, registrou queda no volume de água no período apurado, baixando de 45,1% em 20 de janeiro para 43,8% ontem. Já o Serra Azul, o mais preocupante, aumentou 2,4 pontos percentuais, passando de 5,9% para 8,3%. O Vargem das Flores também subiu nos últimos 30 dias, passando de 28,8% para 30%. Na reunião que teve com os vereadores, Sinara ressaltou que a preocupação maior da Copasa é com os consumidores residenciais, que correspondem a 80% do total da água distribuída pela companhia. 

Na Grande BH, o setor comercial representa apenas 10% do consumo de água faturado, as indústrias, 5%, e o setor público, 5%. "As grandes indústrias e mineradoras, em geral, segundo a executiva, têm sistemas próprios e poços artesianos que estão sujeitos à fiscalização pelo órgão ambiental do Estado", destacou.

Alerta

No final de janeiro, o diretor de Operações Metropolitanas da Copasa, Rômulo Thomáz Perille, afirmou, durante reunião na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que se o índice de chuvas este ano na RMBH não for superior ao registrado em 2014, os mananciais podem secar completamente até o mês de agosto.

Na época, ele considerou a situação dos reservatórios do Estado - que hoje continuam com níveis semelhantes - como gravíssima. Ele explicou que, além dos volumes armazenados estarem muito abaixo dos anos anteriores (cerca de 30%, contra 70% em janeiro de 2014), os mananciais também estão deteriorados.