Assembleia Legislativa é ocupada por movimentos populares de BH
Organizações pedem o fim da repressão policial em ocupações da capital
Divulgação/Assembleia Legislativa MG
A Assembleia Legislativa de Minas
Gerais foi ocupada por movimentos populares da capital nesta quarta-feira (23). A ocupação tem o objetivo de dar visibilidade ao que os manifestantes chamam de repressão policial sofrida pelos
moradores de comunidades periféricas de BH, além de exigir uma reunião com o
governador Fernando Pimentel (PT).
Os movimentos populares ocuparam o interior da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. “O objetivo da ocupação é conseguir uma reunião com o governador Fernando Pimentel para regularizar as ações da polícia nessas ocupações e acabar com a violência sofrida pelas comunidades”, afirma Isabella Gonçalves em entrevista ao SouBH.
Para assegurar suas reivindicações, movimentos urbanos como o MLB, Brigadas Populares e a FTA contam com 30 membros ocupando a Assembleia. Segundo Isabella, as organizações já enviaram diversos ofícios ao governador de Minas sem qualquer resposta do gabinete de Pimentel.
Os ocupantes pretendem seguir até o chefe do Executivo do Estado aceitar se encontrar com as lideranças dos movimentos. A ativista afirmou que a ocupação segue pacífica, mas a entrada de alimentos é barrada pela segurança da Assembleia. De acordo com a assessoria da ALMG é uma regra da casa não permitir o consumo de alimentos no interior.
Questionada, a Polícia Militar declarou, por nota (leia a íntegra abaixo) que todos os policiais são capacitados para atuar em ambientes de distúrbios e conflitos sociais com o intuito de minimizar qualquer problema eventual, sem causar danos ao patrimônio e às pessoas envolvidas.
Procurada, a assessoria do governo de Minas Gerais preferiu não se pronunciar sobre o ocorrido.
Nota da PMMG à imprensa:
“A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) capacita o policial militar para atuar em ambientes operacionais de distúrbios e minimizá-los ao máximo, sem danos ao patrimônio e às pessoas. Os policiais também são treinados para conhecer os tipos de público envolvidos em movimentos de massa, e ser capaz de avaliar, rapidamente, o quadro do distúrbio para desencadear ações para respostas satisfatórias que envolvam conflitos sociais. Os militares participam de atividades teóricas e práticas com noções históricas de Operações de Choque, Técnica, Tática e Legislação Aplicadas às Operações de Controle de Distúrbios, Defesa Pessoal, Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo, Treinamento Físico de Choque e Policiamento de Eventos”.