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Após atrasos, plano de castração das capivaras da Pampulha começa nesta sexta-feira

Nova empresa responsável pelo processo seguirá projeto inicial da Secretaria de Meio Ambiente



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Redação Sou BH
25/10/17 às 14:30
Atualizado em 01/02/19 às 19:10


Carlos Avelin/PBH

A situação das capivaras na Lagoa da Pampulha ganhou mais um capítulo. 
A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, assinou na manhã desta quarta-feira (25) o contrato de manejo dos animais. O documento prevê a execução dos serviços de monitoramento, captura, cirurgia de esterilização, devolução do animal ao seu habitat natural (Lagoa da Pampulha) de maneira segura para os roedores e para a população, e acompanhamento pós-cirúrgico.

O prazo de duração do contrato é de 12 meses, com a possibilidade de que a conclusão dos serviços seja antecipada caso os trabalhos sejam finalizados. Está prevista a esterilização das cerca de 100 capivaras existentes na orla da Lagoa da Pampulha. O trabalho será iniciado a partir desta sexta-feira. 

Esse trabalho já era para ter sido iniciado. 
Após a morte de um menino de 10 anos por febre maculosa em setembro do ano passado, o debate sobre as capivaras no ponto turístico se intensificou. Devido a comoção, a secretaria elaborou um plano de ação com três etapas para o manejo da população dos roedores.

Porém, a empresa escolhida por licitação para os trabalhos de manejo dos roedores desistiu na véspera da assinatura do contrato, atrasando o cronograma operacional. Após a contratação de uma nova empresa com inexigibilidade de licitação, o Ibama liberou a licença de manejo de animais silvestres para os trabalhos de preparação para a castração das capivaras no fim desta semana que seguirão o plano inicial da secretaria.

“[Manejo e castração das capivaras] É uma coisa inédita, não é uma matéria simples, e estamos acompanhando de perto. Temos dois anos para concluir todo o plano desde o monitoramento até o pós-cirúrgico e queremos fazer o quanto antes. Estamos procedendo com a maior cautela possível já que queremos fazer tudo dentro das regularidades”, disse o
secretário de Meio Ambiente Mário Werneck em julho, quando o plano estava sendo concluído.

Estimava-se que, naquele momento, de 85 a 100 capivaras estivessem vivendo na orla da lagoa da Pampulha. A secretaria de Meio Ambiente realizou visitas diurnas e noturnas na orla da lagoa para monitoramento dos grupos de roedores, já que os animais são territorialistas.