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Cuidado na hora de presentear crianças é importante para evitar acidentes

<p>Brinquedos e artigos para crianças representam 15% de todos os acidentes de consumo registrados, de acordo com o Inmetro</p>



Créditos da imagem: Shutterstock
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Redação Sou BH
12/08/14 às 13:37
Atualizado em 01/02/19 às 19:51

Na semana da criança, as lojas de brinquedos recebem, todos os anos, um aumento significativo no fluxo de clientes. Na hora da compra, os adultos costumam considerar critérios como o preço e a própria escolha da criança, mas não devem se esquecer de um item imprescindível a ser levado em conta: a segurança oferecida pelo brinquedo.

À frente de itens como eletrodomésticos, embalagens e alimentos, os brinquedos e artigos para crianças representam 15% de todos os acidentes de consumo registrados, de acordo com o Inmetro. Riscos que vão desde lesões mais leves a problemas graves de saúde. A pesquisa do Inmetro aponta que, na maioria dos casos (21%), os acidentes provocam cortes nas crianças, seguidos de arranhões (18%) e pancadas (17%). A lista ainda possui quedas, alergias e sufocamentos.

Objetos pequenos ou peças que se soltam dos brinquedos com facilidade representam um perigo eminente para as crianças, especialmente as menores de 3 anos. ?Nesta fase, elas costumam levar qualquer objeto à boca, podendo se engasgar e, em caso mais graves, sofrer asfixia?, alerta a pediatra do Hospital João XXIII, da Rede Fhemig, Maria Elizabeth Soares Marques.

Para se ter uma ideia, dos 4.328 casos de acidentes por ingestão de corpo estranho recebidos no HJXXIII, de janeiro a setembro deste ano, 1.712 foram com crianças de 0 a 12 anos. São peças de brinquedos, moedas, broches, medalhinhas para chupeta, bijuterias, pilhas, baterias e outros objetos engolidos ou colocados em orifícios, como orelha e nariz.

?A maior parte dessas ocorrências ainda se dá por falta de informação dos pais, que, muitas das vezes, deixam a criança exposta a esses objetos sem imaginar o risco que representam. Em crianças de até 1 ano, por exemplo, até mesmo uma pipoca ou um caroço de laranja podem causar engasgamento?, explica a  pediatra do Hospital João XXIII, da Rede Fhemig, Dilce Andrade Silva.

Cuidados

Alguns fabricantes de brinquedos oferecem informações para a segurança dos pequenos consumidores, como recomendação de faixa etária e certificação do Inmetro. Mas ainda existem muitos produtos clandestinos ou artesanais nas prateleiras que não contam com essas medidas de segurança e, portanto, oferecem riscos à saúde. Um exemplo são as baterias e pilhas que saem facilmente e, por terem conteúdo corrosivo, podem causar sérias lesões nos órgãos do aparelho digestivo, caso ingeridas.

Na hora da compra do brinquedo, os pais devem estar atentos aos materiais utilizados, que devem ser resistentes, não tóxicos e não inflamáveis. Além disso, é necessário evitar brinquedos com pontas ou bordas afiadas; que produzem ruídos acima de 100 decibéis; e com correntes, tiras e cordas com mais de 15 cm. Não são recomendados brinquedos com vidros para crianças de até 5 anos e artigos elétricos, ligados em tomadas, com elementos de aquecimentos, com pilhas e baterias, para crianças com menos de 8 anos.

Dicas

- Inspecione brinquedos novos e velhos regularmente. Conserte ou descarte aqueles que representem riscos;

- Ensine as crianças a guardarem seus brinquedos após a brincadeira para prevenir quedas e outros acidentes;

- Ao presentear a criança com bicicletas, patins, patinetes e skates aproveite para ensiná-la sobre segurança na diversão. Não deixe de adquirir também os equipamentos de proteção.