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Eleições! Candidatos falam ao Sou BH sobre o carnaval da capital

Sou BH entrevistou os 11 postulantes ao cargo de Prefeito de BH



Créditos da imagem: Divulgação
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Candidatos à Prefeitura falam sobre o Carnaval de BH
Redação Sou BH
23/09/16 às 18:57
Atualizado em 01/02/19 às 19:33

No dia 2 de outubro, a população de Belo Horizonte vai às urnas para escolher o próximo prefeito da capital mineira. Onze candidatos estão na disputa em primeiro turno. Para auxiliar o belo-horizontino a decidir seu voto, o Sou BH preparou uma série de entrevistas com os 11 postulantes à vaga na Prefeitura.

Durante seis dias, vamos questionar os candidatos sobre temas que envolvem as áreas de cultural, entretenimento e turismo da cidade. A disposição das respostas é por ordem alfabética.

O tema de hoje é o carnaval, festa que nos últimos anos tomou as ruas da capital mineira com milhões de foliões. Qual é a posição de cada um dos candidatos em relação à realização da festa em espaços públicos?

Confira abaixo as respostas!

Sou BH: Nos últimos anos, a população belo-horizontina tomou as ruas da cidade no Carnaval, com blocos e festas. A capital tornou-se uma referência nacional da festa e atraiu turistas de vários cantos do Brasil. Haverá incentivo para essa e outras festividades nos espaços públicos?  

Délio Malheiros (PSD): Dentre as propostas estão: 

- Manter os festivais e eventos já consolidados, como o Carnaval, o Arraial de Belô, a Virada Cultural, o Festival Internacional de Teatro (FIT), o Festival de Arte Negra (FAN), o Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ), e conferir-lhes o caráter de produtos turísticos de relevância e incentivar a realização de novos.

Eros Biondini (PROS): Em nosso Programa de Governo, citamos a consolidação da Avenida Afonso Pena como espaço para os desfiles de escolas de samba e blocos caricatos do Carnaval BH. Além disso, em diversos momentos também prevemos programas como o “BH Todo Dia”, que seria um conjunto de ações para ligar a Cultura e o Turismo, incentivando a apresentação diária dos artistas, divulgado por meio de um guia informativo sobre os eventos, locais, dentre outros. Além disso, se eleito, pretendo ampliar a promoção de campanhas de divulgação e identificação dos espaços públicos, tais como os museus, centros culturais, parques e teatros, estimulando os grupos locais a construírem uma agenda de apresentações no Projeto Cultura Itinerante.

João Leite (PSDB): O carnaval de rua é hoje um patrimônio da cidade. É uma conquista dos artistas.  A prefeitura terá sempre uma postura de diálogo com os blocos e grupos. Vamos apoiar a realização da festa, garantindo a infraestrutura necessária como transporte, limpeza urbana, segurança e banheiros públicos. E não é apenas o carnaval.  Vamos incentivar outras manifestações artísticas e culturais. Queremos fortalecer o uso de espaços públicos, ruas e praças. Apoiar o Festival Internacional de Teatro, o FIT-BH, a Virada Cultural, e outros eventos que levam cultura e lazer para os belo-horizontinos, com programação diversificada, gratuita ou a preços populares.

Kalil (PHS): Claro. Eu sempre fui a favor como cidadão. Agora, cabe à prefeitura, somente, dar a proteção, a segurança e a limpeza do local. Está dando certo e não tem que mexer.

Luis Tibé (PT do B): Eu tenho acompanhado de perto, como folião, os últimos anos do carnaval em Belo Horizonte. Esse ano, foi fantástico ver o Chama o Sindico abrindo o carnaval na Afonso Pena, o Baianas Ozadas com ainda mais gente brincando... Adoro o carnaval de rua. O que eu percebo, é que a festa na nossa cidade nasceu de uma manifestação espontânea de grupos culturais, regionais, sociais e até mesmo políticos. Eu acho isso ótimo. É lindo e não pode ser interrompido e nem dificultado pelo poder público. O que cabe à prefeitura, neste caso, é garantir estrutura para que a festa aconteça de forma limpa e segura para todos, sem exceção.

Além disso, em nosso Plano de Governo uma das diretrizes é “Orgulho de Ser BH” e como pilar a proposta de ocupar a cidade. Precisamos resgatar a alegria de morar em Belo Horizonte. Vamos fazer uma administração que vai valorizar os espaços públicos, revitalizando parques e praças para que voltemos a aproveitar o que BH tem de melhor. Precisamos devolver os espaços públicos a nossa população. Promover mais e proibir menos.

Marcelo Álvaro Antônio (PR): Temos dito que queremos devolver BH para os belo-horizontinos. As pessoas têm todo o direito de ocupar as ruas e praças da cidade. Nesse sentido, a gestão municipal tem a obrigação de ser parceira dos movimentos culturais da cidade, seja nas festas populares, na música, na arte, no teatro ou no cinema. Toda e qualquer manifestação popular cultural terá amplo apoio de nossa parte. Os movimentos culturais populares em BH são legítimos e terão de nossa parte um diálogo aberto. Queremos dialogar com todos os seguimentos.

Maria da Consolação (PSOL): Bom lembrar que o Carnaval ressurgiu da resistência da juventude e dos movimentos culturais contra os desmandos Prefeito Marcio Lacerda. Então, o nosso carnaval não é o carnaval privatizado ou das maracutaias entre políticos e grandes empresas. Nosso carnaval é público, de rua, feito pelas pessoas solidárias, que amam a cidade e promovem alegria e diversão. Na Prefeitura, vamos garantir infraestrutura e regionalizar, pois é esse espírito coletivo, criativo e tranquilo que tem atraído tantos turistas para a cidade.

Reginaldo Lopes (PT): O candidato não respondeu no prazo solicitado.

Rodrigo Pacheco (PMDB): Queremos uma cidade para todos e os espaços públicos são da população. Queremos que as pessoas voltem para as ruas, ocupem praças e parques. Isso é bom para o desenvolvimento econômico e social. A prefeitura deve incentivar o uso do espaço urbano. Agora, tudo deve ser feito a partir do diálogo entre o poder público e a sociedade. Na nossa gestão, vamos estabelecer uma relação na qual o cidadão terá participação nas decisões. O Carnaval é uma manifestação popular e terá todo incentivo. A retomada do Carnaval – vale lembrar que isso só aconteceu pela vontade popular, sem nenhum apoio governamental – é importante não só para a economia, mas também para a identidade do belo-horizontino e o resgate da história e da memória da cidade. E não só o Carnaval merecerá nossa atenção, mas festivais de teatro, gastronomia, dança e música, por exemplo, receberão incentivos porque acreditamos na vocação cultural de Belo Horizonte e valorizamos a produção dos artistas da cidade.

Sargento Rodrigues (PDT): Nosso plano de governo prevê a criação do Conselho Popular de Carnaval, essa é uma festa das pessoas e da cidade e são justamente elas que precisam decidir como a prefeitura pode ajudar. Por meio desse conselho a prefeitura vai escutar as demandas e negociar o que é possível fazer dentro da realidade. Sobre as outras festas e manifestações culturais, a prefeitura só precisa desburocratizar e incentivar as pessoas a a produzirem cultura no espaço público.

Vanessa Portugal (PSTU): A melhor forma de valorizar os espaços públicos é quando a população organizada o ocupa. A prefeitura tem que permitir a auto organização tanto no carnaval, quanto dos festivais, o que deve ser feito via os conselhos populares e garantir a infraestrutura e divulgação. O favorecimento das empresas que são “patrocinadoras” dos eventos acabou se tornando em uma forma de cercear os criadores destes eventos.