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Eleições! Sou BH questiona candidatos sobre a cultura na capital

Sou BH entrevistou os 11 postulantes ao cargo de Prefeito de BH



Créditos da imagem: Nereu JR / Divulgação
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Candidatos à Prefeitura falam sobre a cultura
Redação Sou BH
22/09/16 às 21:22
Atualizado em 01/02/19 às 19:24

No dia 2 de outubro, a população de Belo Horizonte vai às urnas para escolher o próximo prefeito da capital mineira. Onze candidatos estão na disputa em primeiro turno. Para auxiliar o belo-horizontino a decidir seu voto, o Sou BH preparou uma série de entrevistas com os 11 postulantes à vaga na Prefeitura.

Durante seis dias, vamos questionar os candidatos sobre temas que envolvem as áreas de cultural, entretenimento e turismo da cidade. A disposição das respostas é por ordem alfabética.

Hoje, queremos saber dos candidatos quais são os planos para incentivar os eventos e ações culturais na capital.

Confira abaixo as respostas!

Sou BH: Qual será a postura do candidato em relação à cultura na capital?

Délio Malheiros (PSD): Dentre as propostas estão: 

- Manter os festivais e eventos já consolidados, como o Carnaval, o Arraial de Belô, a Virada Cultural, o Festival Internacional de Teatro (FIT), o Festival de Arte Negra (FAN), o Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ), e conferir-lhes o caráter de produtos turísticos de relevância e incentivar a realização de novos.

- Priorizar a análise de processos e demandas relacionados à realização de eventos privados da área cultural em espaços públicos

- Avançar com os projetos culturais existentes, de forma a levar atividades culturais gratuitas a todos os cantos da cidade.

- Priorizar a análise de processos e demandas relacionados à realização em espaços públicos de eventos privados da área cultural.

- Incentivar o hábito de leitura, por meio das bibliotecas públicas municipais e comunitárias.

- Manter e ampliar o Projeto Arte na Escola, em parceria com a Educação, projeto que visa levar espetáculos de arte, dança, música, contação de histórias, às escolas da Rede Municipal de Educação.

- Incentivar, cada vez mais, a apropriação, pelo cidadão, dos espaços públicos (praças e parques) como espaços de lazer, de convivência e de realização de atividades culturais.

- Ampliar o reconhecimento do “saber e fazer tradicional”, mediante os estudos para salvaguarda do patrimônio imaterial e da promoção de encontros e ações com mestres e mestras da cultura popular e tradicional, e dos povos indígenas, ciganos e de terreiro.

- Incentivar a realização de produções de audiovisual na cidade.

- Manter os Centros Culturais em condições adequadas para funcionamento.

Eros Biondini (PROS): Nosso Programa propõe a valorização da riqueza cultural de Belo Horizonte como meio para o desenvolvimento humano, social e econômico, com enfoque na otimização do aproveitamento dos equipamentos e espaços públicos; na ampliação e descentralização territorial da carteira de projetos culturais e do calendário de eventos; do estímulo aos jovens artistas e às manifestações culturais populares; do fortalecimento do turismo cultural e da democratização e desburocratização do acesso às fontes de financiamento.

Teremos propostas importantes como:

- Implantar o Programa Arte Jovem no Centro de Referência da Juventude e nos centros culturais regionais, com enfoque na disponibilização de espaço para apresentações, na organização de calendário e no estímulo à produção dos novos artistas.

- Criar o Centro de Tradições Mineiras (CTM), espaço para a recepção de turistas e visitantes locais, reunindo gastronomia, música, dança, artes plásticas, audiovisuais e outras manifestações artísticas das diversas regiões do estado, proporcionando ao turista conhecer Minas ainda em Belo Horizonte.

- Implantar o Programa BH Todo Dia, um conjunto de ações para ligar a Cultura e o Turismo, incentivando a apresentação diária dos artistas, divulgado por meio de um guia informativo sobre os eventos, locais, dentre outros.

João Leite (PSDB): A prefeitura será uma grande parceira de quem movimenta a cultura em BH. Vamos construir pontes entre artistas, grupos e movimentos culturais e os parceiros privados para buscar mais investimentos para a cultura belo-horizontina. Esse é o nosso compromisso, previsto nas diretrizes de nosso Plano de Governo.

Vamos criar o Observatório da Cultura para acompanhar os projetos desenvolvidos e dirimir necessidades e demandas por meio de apoio institucional. E teremos também um Fórum Permanente de Cultura para garantir condições de desenvolvimento de ações culturais, como o carnaval, festivais culturais, virada cultural e outros.

Outra ação prevista é a Colmeia da Economia Criativa, que reunirá as áreas de cultura e desenvolvimento social. A Colmeia será um centro de formação e desenvolvimento de áreas como empreendedorismo cultural, moda, gastronomia, tecnologia da informação, entre outros. Vamos produzir em BH os futuros talentos criativos, sobretudo entre os jovens de vilas e favelas.

A criação do Prêmio BH de Cultura, com premiação de artistas de música, dança, teatro, literatura e artes plásticas, é outro compromisso. E teremos mostras para que a população participe da escolha dos premiados.

Entre as ações previstas em nosso Plano de Governo está também o estrito cumprimento das exigências feitas pela Unesco para mantermos o título de Patrimônio Cultural da Humanidade para o Conjunto Arquitetônico da Pampulha. E vamos também criar medidas para incentivar a preservação de imóveis tombados.

Kalil (PHS): A Fundação Municipal de Cultura é muito bem dirigida, pelo o que eu soube. Nós temos sentado com o pessoal da cultura para ver as principais demandas do setor. Há aquele velho pleito da Secretaria de Cultura e eu não vejo o menor problema em criar, em tornar a fundação um órgão subordinado à Secretaria Municipal e atender as demandas, que não são muitas. A Fundação é importante porque ela reduz a burocracia para viabilizar incentivos a novos projetos, principalmente, aqueles pequenos.

Luis Tibé (PT do B): A Cultura está no DNA de BH, o mineiro é reconhecido nacionalmente pela sua virtuosidade na arte, na música, na literatura, no teatro... o que nós precisamos é criar condições e incentivar para que isso seja potencializado na nossa cidade. É necessário desburocratizar o processo de licenciamento e simplificar a comunicação com o poder público para que os movimentos culturais se tornem cada vez mais sustentáveis, além de torná-la acessível a todas as classes. Por isso, vou reduzir o ISS para eventos culturais de 5% para 2%.

Também vamos articular as políticas educacionais com as políticas sociais, culturais, esportivas, possibilitando a ampliação das atividades do Escola Aberta e do Férias na Escola, através da formação de capacitação dos monitores e vamos potencializar as atividades de economia criativa, estabelecendo o relacionamento com escolas de negócios, design, arquitetura, moda, jóias e bijuterias, gastronomia e produção visual, resgatando nossos talentos e manifestações culturais que geram renda pro cidadão de

BH, como os nossos artesãos locais. A Cultura é a alma da cidade e é por meio dela que vamos resgatar o nosso orgulho por BH.

Marcelo Álvaro Antônio (PR): Atualmente, os eventos culturais proporcionados pela PBH ficam restritos à região Centro-Sul. É preciso ampliar a quantidade de eventos e descentralizar as atividades culturais, levando para a periferia mais cultura e estimulando artistas e expressões que nela vivem.

Maria da Consolação (PSOL): Vamos fazer uma BH com dignidade e diversidade. Uma cidade democrática, criativa, tranquila e das pessoas. Recriar a Secretaria Municipal da Cultura e ampliar os recursos para fortalecer a produção cultural. Promover iniciativas de formação e colaboração entre artistas. Vamos além. A cultura é o centro das nossas políticas para construir um modo novo de viver sem violência doméstica, sem preconceitos, sem violência contra a diversidade. A nossa revolução na cidade começa pela cultura. Será uma nova vida em BH.

Reginaldo Lopes (PT): O candidato não respondeu no prazo solicitado.

Rodrigo Pacheco (PMDB): Uma cidade para todos se faz a partir do acesso à cultura. É importante pactuar com a cidade um modelo de gestão que vise a apropriação do espaço público como ruas, parques e praças para assegurar à população o uso destes espaços para atividades culturais. Que além de proporcionarem lazer, podem ter como “efeito colateral” a redução dos índices de violência na capital. Vale lembrar: espaço urbano ocupado por cidadão afugenta o bandido. Uma cidade para todos deve, ainda, garantir aos moradores de vilas e favelas a redução das desigualdades em todas as suas dimensões, inclusive no acesso à renda, à cultura e lazer, a oportunidades, ao desenvolvimento pessoal, imprescindíveis no processo de inclusão. Nossa Cidade Integrada tem como premissa a socialização.

Sargento Rodrigues (PDT): Nossa principal proposta para a cultura é um orçamento 100% participativo. Os produtores culturais locais, mais do que ninguém sabem e poderão decidir o destino dos recursos dessa área de maneira aberta e democrática.

Vanessa Portugal (PSTU): Criação da secretaria municipal de cultura, destinação de percentual do orçamento para a área, criação de conselhos de cultura amplos e deliberativos, garantindo a representação popular de todas as regiões. A prefeitura deve ser financiadora de produções culturais regionais e reacender o espírito dos festivais que são interações culturais fundamentais para o avanço de um povo. O “fazer” cultural deve ser cotidiano e acessível a toda a cidade. Utilizando os espaços públicos como as praças e centros culturais absolutamente subutilizados.