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Eleições! Sou BH questiona candidatos sobre os flanelinhas

Sou BH entrevistou os 11 postulantes ao cargo de Prefeito de BH



Créditos da imagem: banco de Imagens
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Candidatos à Prefeitura falam sobre os flanelinhas
Redação Sou BH
21/09/16 às 03:13
Atualizado em 01/02/19 às 19:21

No dia 2 de outubro, a população de Belo Horizonte vai às urnas para escolher o próximo prefeito da capital mineira. Onze candidatos estão na disputa em primeiro turno. Para auxiliar o belo-horizontino a decidir seu voto, o Sou BH preparou uma série de entrevistas com os 11 postulantes à vaga na Prefeitura.

Durante seis dias, vamos questionar os candidatos sobre temas que envolvem as áreas de cultural, entretenimento e turismo da cidade. A disposição das respostas é por ordem alfabética.

Agora, queremos saber dos candidatos sobre as estratégias para coibir os flanelinhas. Atualmente, as vagas públicas de estacionamento na capital são tomadas por guardadores de carro que atuam ilegalmente, intimidando os motoristas e cobrando valores abusivos por um serviço informal.

Confira abaixo as respostas!

Sou BH: Como o candidato pretende coibir a prática ilícita dos “flanelinhas” pelas ruas de Belo Horizonte?

Délio Malheiros (PSD): A ação dos flanelinhas é algo que deve ser coibido pela Polícia Militar. Contudo, iremos, por meio da Secretaria de Fiscalização, trabalhar para que o maior número possível de lavadores/guardadores de carros tenham suas atividades devidamente registradas junto à PBH.

A Prefeitura já realiza o trabalho de fiscalização.  Estes fiscais são responsáveis por verificar se o guardador/lavador está cadastrado junto à PBH. O profissional não pode definir um valor para "olhar" o carro de cidadão. A contribuição é voluntária. No caso do lavador, o cidadão pode combinar o valor com o dono do veículo. O descumprimento deste acordo, no caso de extorsão, acarreta multa e perda da licença. Já os abusos cometidos por flanelinhas, que são aqueles profissionais não regularizados na Prefeitura, são de responsabilidade da Polícia Militar. Contudo, nosso objetivo é trabalhar para que o maior número possível de lavadores/guardadores regularizem suas atividades.

Eros Biondini (PROS): Aumentando a parceria com a PMMG, incrementando as Câmeras do Olho Vivo, principalmente nos locais de maior concentração de flanelinhas, como a Savassi, Região Hospitalar, etc.

João Leite (PSDB): Teremos uma ação firme. É preciso recadastrar todos os flanelinhas, rediscutir e redefinir as áreas permitidas e fiscalizar. Será criado um disque-denúncia ligado à BHTrans e à Guarda Municipal para que as pessoas possam denunciar irregularidades, que serão averiguadas com agilidade.

Kalil (PHS): Existem flanelinhas cadastrados e o restante é, realmente, não permitir. Uma ação de polícia, de Guarda Municipal. Temos que recadastrar os flanelinhas e parar com essa prática, sem querer jogar ninguém na rua, sem querer maltratar ninguém. Nós temos que sentar e conversar uma solução técnica, viável, de cadastro, de ordem. O que há na cidade inteira é uma desordem absoluta, de tudo, não é só dos flanelinhas, não.

Luis Tibé (PT do B): FISCALIZANDO. De nada adianta cadastrar os lavadores de carro e não fiscalizar. Da forma como foi feito, inclusive uniformizando os cadastrados, mas sem realizar nenhuma ação posterior, de acompanhamento e qualificação.

No meu governo, a prefeitura vai chegar junto e fiscalizar.

A população não pode se sentir acuada e com medo.

Marcelo Álvaro Antônio (PR): Sabemos que muitos motoristas em BH reclamam da ação de pessoas que estabelecem preços para o estacionamento de carros na cidade. Inicialmente, um diagnóstico da atuação dos flanelinhas pela cidade é fundamental. Essas pessoas devem ser registradas pela prefeitura e devem ser municiadas de capacitação profissionalizante para que logo tenham outra possibilidade de renda. Assim como os lavadores de carro são permitidos pelo Código de Posturas do Município, acredito que a ação dos flanelinhas deve ser institucionalizada e fiscalizada com rigor. No entanto, esse número de flanelinhas deve ser reduzido ano a ano, e os motoristas belo-horizontinos, sem constrangimentos ou coações, é que devem ter a prerrogativa máxima de decidirem se pagam ou quanto pagam a essas pessoas.

Maria da Consolação (PSOL): É óbvio que a prática indigna a todo mundo. O que me choca é termos candidatura que a principal proposta seja acabar com os flanelinhas. As pessoas trabalham com isso porque precisam de trabalhar, necessitam comer e alimentar as suas famílias. Ao coibir a prática, vamos criar outras oportunidades de trabalho para as pessoas. Isso sim é bom para todo mundo.

Reginaldo Lopes (PT): O candidato não respondeu no prazo solicitado.

Rodrigo Pacheco (PMDB): O crescimento da população urbana acarreta novos desafios e transforma o gestor público em indutor de mudanças que precisam gerar igualdade de condições para todos. E a questão dos flanelinhas passa pela criação de oportunidades e pela inclusão social com fomento à geração de emprego e renda. Os agentes que atuam na segurança pública municipal também deverão estar devidamente capacitados para coibir ações de irregularidade e abusos.

Sargento Rodrigues (PDT): A guarda municipal tem sido sub-utilizada nos últimos anos. A prefeitura pode muito mais. Na nossa gestão a guarda municipal aumentará seu efetivo em 50%, estará armada e em parceria com a Policia Militar fará policiamento ostensivo e preventivo inclusive encaminhando presos até a delegacia.

Vanessa Portugal (PSTU): As atividades informais, que as vezes se tornam coercitivas, são fruto da péssima distribuição de renda do país e consequentemente da cidade. Os governos têm que atuar para diminuir a desigualdade social e não ampliá-la como é feito hoje. Programas de cadastramento de desempregados, de geração de emprego e renda, ampliação e qualificação da rede de educação, programas de moradias populares que ataquem o imenso déficit habitacional de Belo Horizonte são fundamentais para diminuir essas desigualdades e eliminar as atividades informais. A fiscalização é fundamental, mas só é legítima e eficaz se a prefeitura oferece alternativas. Tais medidas podem ser implementadas se tivermos um firme combate aos privilégios dos políticos e grandes empresas que hoje consomem parte significativa do orçamento da cidade.

Quer saber a posição dos candidatos sobre a Lei do Silêncio? Clique aqui.

Clique aqui para conferir a posição dos candidatos sobre o Turismo.