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Festival Internacional da Dança, FID, reflete sobre o que afeta o movimento

Em doze dias de espetáculos o FID apresenta companhias europeias e nacionais nos palcos de BH



Créditos da imagem: Gregory Batardon
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Quantun da Cia Gilles Jobin se apresenta no FID
Redação Sou BH
22/10/14 às 20:02
Atualizado em 01/02/19 às 19:43

Entre os dias 29 de outubro e 9 de novembro, Belo Horizonte se torna a capital mundial da dança com a promoção do Festival Internacional da Dança (FID). Nesta 19º edição, companhias da França, Bélgica, Suíça, Uruguai e Brasil se apresentam no Teatro Oi Futuro, Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), Centro Cultural Vila Santa Rita, no Barreiro e Centro Cultural Alto Vera Cruz. Em Nova Lima a apresentação será no Centro de Arte Suspensa Armatrux – C.A.S.A.

Como sempre, nessas 19 edições, a programação abrange apresentações e conferências que pretendem discutir a dança e afirmar a identidade do FID que, segundo uma das curadoras do evento, a belga Dorothé Depeauw, “é a da liberdade de entendimento para todas as pessoas, sendo o FID o público e o público é o FID, todos fazem parte do movimento”, explica. O FID território Minas, a FIDoteca e FIDinho também fazem parte desta edição.

Serão 12 dias de dança, no qual o espaço para reflexão da mesma sobre sua forma e movimentos,  serão o assunto por meio de 14 espetáculos, duas oficinas e cinco dias dedicados ao trabalho de imersão no mundo da dança.

Uma das atrações do FID é a Cia Gilles Jobin da Suíça que apresentará o Quantum, no qual seis bailarinos representarão as leis da física. Giller Jobin faz um trabalho de dança em que a relação com entre o corpo e a complexidade a mente humana são o mote. A sua companhia foi convidada pelo mais importante laboratório de física do mundo, o suíço CERN, em Genebra, para fazer uma residência artística em comemoração aos 60 anos do laboratório. O resultado do estudo é Quantum. Segundo Adriana Banana, curadora do evento, “Gilles apresenta  a relação da ciência com a dança e como caminham juntos, o trabalho dele no CERN mostra como duas áreas diferentes podem contribuir uma com a outra”, conta.

O FID território Minas não apresentará dessa vez a coreografia pronta. O objetivo dessa edição é criar uma investigação sobre o corpo e dança e tudo que pode afetar o corpo na produção da dança. A ideia não é trazer a dança pronta, mas apresentar seu processo de criação.

O FID tem o patrocínio da Petrobrás e do OI Futuro e o apoio da Cemig e da Globo Minas. Os preços dos ingressos são R$6, inteira, R$3, meia, para que todo público tenha acesso aos espetáculos.