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Inverno leva mais pessoas a Macacos

Distante apenas 25 quilômetros da Capital, lugar é conhecido pelo meio ambiente preservado, boa gastronomia e pousadas



Créditos da imagem: Pousada Vilarejo
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Pousada Vilarejo, localizada em São Sebastião das Águas Claras
Redação Sou BH
12/05/15 às 13:29
Atualizado em 01/02/19 às 19:41

Por Daniela Maciel, do Diário do Comércio

A chegada das baixas temperaturas já alimenta em muitos turistas, principalmente moradores de Belo Horizonte, o sonho de pegar a estrada e relaxar em São Sebastião das Águas Claras, distrito de Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Do outro lado também anima os comerciantes do lugarejo conhecido como Macacos.

Distante apenas 25 quilômetros da Capital, o lugar é conhecido pelo meio ambiente preservado, construções do século 18, boa gastronomia, boas pousadas e ateliês de artistas renomados. Atualmente, Macacos tem 43 pousadas e 25 bares e restaurantes de diferentes perfis, recebendo 1,5 mil visitantes nos fins de semana, conforme dados da Secretaria de Turismo de Nova Lima.

A proximidade com a Capital atua sobre Macacos para o bem e para o mal. Se o acesso facilitado faz com que o fluxo de turistas nos fins de semana e feriados seja constante, algumas vezes sobrecarrega o distrito. E se o objetivo era relaxar em um ambiente bucólico, o sonho começa a se desfazer ao enfrentar um trânsito congestionado antes mesmo de chegar ao lugar.

De acordo com a diretora do Espaço Águas Claras, Simone Gomes, foi depois de muita pesquisa que ela escolheu a região para instalar o spa. Natureza preservada e proximidade com a Capital foram pontos decisivos. "Macacos é uma região muito charmosa e próxima que precisa conservar suas principais características, continuar sendo um lugarejo, mas para isso é preciso um planejamento sustentável", analisa Simone Gomes.

Para a empresária, que tem no conceito de saúde preventiva o diferencial do spa, o distrito precisa desenvolver atrativos capazes de reter o turista também durante os dias úteis. Para isso, seria preciso buscar diferenciais. "O momento de crise econômica pode ser o ideal para mostrar esse diferencial. Temos que fazer com que o turista se sinta especial e, jamais, explorado. Infelizmente o turismo ainda é visto como um Àquebra galho" na região. Nem sempre conseguimos contratar pessoas da comunidade e é preciso buscar mão de obra em Belo Horizonte", reclama a diretora do Espaço Águas Claras.

Para o diretor do Ouro Preto e Circuito do Ouro Convention & Visitors Bureau - do qual Nova Lima faz parte -, Willian Adeodato, Macacos deve manter o perfil de turismo atual, baseado em um número de visitantes reduzido. "Macacos é um destino atrativo e também muito delicado, que não pode receber empreendimentos muito grandes sob pena de afetar o equilíbrio ecológico. A prefeitura precisa trabalhar um plano diretor capaz de contemplar essas questões. Nossa interlocução com o poder municipal é tranqüila e reconhecemos um esforço institucional em torno da atividade turística, mas ainda falta muito para ser feito. No geral, no nosso Estado ainda não compreendemos a importância do turismo como alternativa econômica viável. Não podemos viver como se o minério nunca fosse acabar", avalia Adeodato.

A secretária de Turismo de Nova Lima, Renata Couto, aposta na continuidade do turismo de fim de semana e feriados, de acordo com pesquisas realizadas pela Secretaria. "Precisamos desenvolver estratégias para captar esse público. Para melhorar a infraestrutura do distrito inauguramos um estacionamento com capacidade para 100 veículos e está no plano a construção de um centro de referência e atendimento ao turista. Apoiamos os festivais de gastronomia, grande atrativo da região, e fazemos a manutenção da infraestrutura básica. Além disso, a alça de acesso está para ser implementada. Entendemos a importância do turismo não só para a economia de São Sebastião das Águas Claras, mas sim como uma ferramenta para vencermos esse período de crise", afirma Renata Couto.

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