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Kalil libera verba para acelerar podas e supressões de árvores em BH

Após acidente na região Centro-Sul, prefeitura promete ter mais rigor na avaliação da saúde das árvores plantadas na capital



Créditos da imagem:
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Redação Sou BH
19/04/18 às 15:55
Atualizado em 01/02/19 às 19:30

Por Camila Saraiva

Em reunião com secretários municipais na manhã desta quinta-feira (19), o prefeito Alexandre Kalil (PHS) liberou a verba da prefeitura para acelerar os trabalhos de supressão e podas de árvores com risco de queda na cidade. Depois do acidente nessa quarta-feira (18), quando a queda de uma árvore causou um incêndio em nove carros na região Centro-Sul, o secretário de Obras e Infraestrutura, Josué Valadão, garantiu que os trabalhos serão mais rigorosos e rápidos.

“O fato que ocorreu ontem é inédito e nos obriga uma revisão bem severa de todos os conceitos que nós temos em relação a supressão de árvores. Ontem foi uma coisa que não tem uma explicação muito clara, não tinha chuva, não tinha vento. Tinha certamente um tracionamento da raiz, mas não houve agente externo”, explicou o secretário.

Segundo a prefeitura, a atual gestão realizou 23 mil podas e cerca de 1500 supressões em árvores da cidade. “Vamos ter que ser mais deterministas, obras no solo seccionam a raiz da árvore. A região da árvore que caiu vai ser toda vistoriada rapidamente porque pode ter tido uma ocorrência em série”, completa Valadão.

A árvore que caiu era um Ipê rosado, espécime que não atrai nenhum besouro, e já havia uma solicitação de poda para o local.  

O plano

Segundo o secretário, não há restrição orçamentária nesse trabalho e a prioridade será atender as solicitações de supressão feitas pelos cidadãos. Atualmente a secretaria tem mais de sete mil pedidos entre podas e supressões de árvores em BH. “No ritmo que trabalhamos levaria uns três meses para zerar esse número, mas vamos acelerar isso”, garante Josué Valadão.

Outra ação da prefeitura são os trabalhos em árvores sujeitas à infestação do besouro metálico. “Já temos todas elas mapeadas. Todas as regionais receberão hoje a lista de onde estão plantadas essas árvores, que são antigas e atraem o inseto. As principais regiões nesse cenário são: Centro-sul, Noroeste, Leste e parte da Pampulha e Oeste”, acrescenta o secretário.

Dos R$ 100 milhões do orçamento global já aprovado para manutenção da cidade, cerca de R$ 8 milhões serão gastos para dar sequência às podas e supressões com agilidade. “Temos que ser mais objetivos. Nós não podemos ter o conceito do tipo: não há risco eminente. A pergunta é: há risco ou não? Se há, tem que suprimir.”, finaliza Valadão.