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Deputados mineiros fazem ofensiva contra privatização de usinas

Estão programadas duas ações nesta semana: uma audiência pública na quinta-feira e um protesto na sexta-feira



Créditos da imagem: Usinas de São Simão e Miranda estão entre as que seriam leiloadas (Cemig/Divulgação)
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Redação Sou BH
15/08/17 às 16:05
Atualizado em 01/02/19 às 19:05

Deputados da Assembleia Legislativa de Minas Gerais participam de dois atos públicos nesta semana que abordarão a proposta do governo federal de leiloar quatro usinas do Estado, atualmente controladas pela Cemig. Na quinta-feira (18), às 18h, está prevista audiência pública na Casa e, no dia seguinte, um protesto no Triângulo Mineiro.

O objetivo da audiência é discutir o assunto juntamente com a Frente Parlamentar em Defesa do Setor Elétrico Brasileiro e a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional, ambas do Congresso Nacional.

Além de parlamentares federais, participam ainda da audiência representantes de vários órgãos e entidades que compõem a Frente Mineira em Defesa da Cemig, lançada na ALMG em 24 de julho último contra o leilão, pela União, de quatro usinas hoje sob a concessão da empresa mineira.

Integram a mobilização representantes da própria concessionária e de trabalhadores do setor elétrico, da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), do Ministério Público Estadual e da Advovacia Geral do Estado, entre outros.

As usinas em questão, de São Simão, Jaguara, Miranda e Volta Grande, no Triângulo Mineiro, respondem por 50% da energia gerada pela empresa. Com o leilão das unidades, o governo espera arrecadar cerca de R$ 12 bilhões e cobrir déficits em suas contas.

“Mas não se pode resolver uma situação de déficit fiscal dessa forma. O processo de privatização vai encarecer o serviço para o consumidor”, frisou o deputado responsável por convocar o ato, Rogério Correia (PT), em uma das reuniões da frente, que já esteve em Brasília na tentativa de barrar o leilão e fazer valer o contrato de concessão vigente com a empresa mineira, que permitiria à Cemig a renovação por mais 20 anos.

Já o governo federal vê no leilão uma forma de amenizar o rombo das contas públicas. Apenas com as usinas mineiras, a administração federal prevê arrecadar R$ 11,055 bilhões.

Protesto

Nesta sexta (18), às 13h30, deputados da Comissão de Minas e Energia vão a Indianópolis (Triângulo Mineiro), para participar de ato público na Usina Hidrelétrica de Miranda contra o leilão de usinas controladas pela Cemig.

O protesto é promovido pela Frente Mineira em Defesa da Cemig, que reúne o Governo do Estado, a própria Cemig e a ALMG, além de movimentos sociais e diversos sindicatos.

Com Assembleia Legislativa de Minas Gerais