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Mulher no comando: Marvel lança primeira protagonista feminina

Veja a opinião de especialistas sobre a super-heroína



Créditos da imagem: Divulgação/Marvel Studios 2019
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Redação Sou BH
21/09/18 às 14:04
Atualizado em 12/02/19 às 20:20

Ela ainda nem estreou nas telonas, mas já é uma pioneira. A Capitã Marvel, primeira super-heroína a ter um filme solo da marca, prova que as mulheres também podem se destacar na indústria dos quadrinhos, tipicamente dominada pelos heróis masculinos. O Sou BH e a Claro Brasil adiantam o enredo e o que está por trás da história.

A sinopse é a seguinte: Carol Danvers (interpretada por Brie Larson) é uma agente da CIA que tem contato e o DNA fundido com uma raça alienígena (Kree), ganhando superpoderes. Entre eles, força sobre-humana, capacidade de voar e habilidades psíquicas.

Mas é o contexto que se destaca. Na década de 70, antes da Capitã, a Marvel lançou o Capitão Mar-Vell, que não teve a popularidade desejada. A personagem Carol chegou não só para melhorar a história na ficção, como também como resposta à demanda social da época de debater o feminismo. “Carol é uma mulher forte, independente, carismática e com espírito de liderança”, classifica Danilo Aroeira, professor, pesquisador e autor de quadrinhos como Samurai Boy. A estreia acontece em março de 2019.

Empoderamento

O diretor da Casa dos Quadrinhos de BH, Cristiano Seixas, lembra que, historicamente, a indústria dos quadrinhos é dominada por heróis masculinos, verdadeiros exemplos de perfeição e virilidade. O motivo é que, no início, essas histórias eram criadas para meninos de 5 a 10 anos. Aos poucos o público adulto foi ganhando presença e, depois, o feminino passou a ocupar boa fatia desse mercado. “Os heróis ajudam a reforçar bons valores na sociedade. Sempre houve personagens femininos nos quadrinhos, mas não com tamanho destaque como a Capitã Marvel e a Mulher Maravilha.

Mulher Maravilha

A Wonder Woman foi a primeira protagonista solo da DC Comics, e abriu o caminho do empoderamento feminino no mundo dos quadrinhos.

Explosão de bilheteria, a história de Diana Prince (Gal Gadot a interpreta) lançada em 2017 arrecadou mais de US$ 800 milhões. Ele se tornou o filme mais lucrativo entre as produções de heróis nos cinemas, destronando até o Homem Aranha.

Para os especialistas, esses foram os primeiros de muitos longas-metragens com mulheres ocupando os papéis principais. “Há um incontestável crescimento de popularidade entre as representantes femininas das produções. Sucessos recentes como a Jéssica Jones e a Arlequina – personagem mais famosa do Esquadrão Suicida –, mostram que esse público está sendo contemplado de forma mais justa”, finaliza Danilo Aroeira.