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Minas inaugura usina capaz de armazenar energia solar e gerar cerca de 480 mil kWh/ano

O que for gerado no local é suficiente para atender pelo menos 250 residências



Créditos da imagem: José Soares/Aneel
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Imagem ilustrativa mostra painéis de energia solar
Redação Sou BH
15/05/18 às 20:47
Atualizado em 01/02/19 às 19:33

Contribuindo para a geração de energia mais limpa, Minas Gerais inaugurou uma usina fotovoltaica composta por 1.152 placas solares capazes de gerar cerca de 480 mil kWh/ano. Localizada em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, é a primeira de minigeração conectada à rede no país com armazenamento de energia solar e que controlará o despacho de energia no período sem luz solar. O que for gerado no local é suficiente para atender pelo menos 250 residências com consumo médio de 150 kWh/mês.

Inaugurada nesta terça-feira (15), a usina contou com um investimento de R$ 22,7 milhões, sendo R$ 17,5 milhões da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), e R$ 5,2 milhões da Alsol Energias Renováveis (Grupo Algar), empresa parceira do projeto. 

A iniciativa é do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e tem como objetivo desenvolver uma solução através de um produto nacional que gere economia financeira ao reutilizar baterias e inversores fotovoltaicos já existentes. Tudo isso com o intuito de gerar energia mais limpa e eficiente.

Tecnologia e geração de energia

A Cemig e a Alsol farão um estudo da aplicação de sistemas de armazenamento em combinação com geração energética distribuída. Para isso, foi feita a implantação de uma planta fotovoltaica de 300 kWp (kilo Watt-pico) e um sistema de armazenamento de 1 MW. Além disso, serão instalados sete protótipos de sistemas de armazenamento, sendo alguns deles na Universidade Federal da Paraíba e no Instituto Federal do Rio Grande do Norte, também parceiras no projeto.

“Sabemos que a energia gerada pelo sol pode ser exportada para a rede apenas durante o dia”, explica em nota Gustavo Malagoli, presidente da Alsol e responsável pelo projeto. “Então, estamos testando diferentes tecnologias de baterias capazes de armazenar a energia gerada pelas placas fotovoltaicas e injetá-la na rede nos momentos de maior necessidade, também buscando a melhoria da qualidade do fornecimento”.

A ideia é que a energia gerada nesta usina seja utilizada por empresas com elevado consumo de energia no horário de ponta brasileiro, no modelo de geração compartilhada. “Isso é possível por meio da compensação: a energia gerada remotamente se transforma em créditos, que podem ser usados por um ou mais consumidores de qualquer localidade atendida pela Cemig”, esclarece Malagoli.

Benefícios

Outra finalidade do projeto é o desenvolvimento de um novo modelo de negócio de compensação energética, a partir de plantas híbridas que combinem geração fotovoltaica e sistemas de armazenamentos, em unidades consumidoras garantindo, ao mesmo tempo, qualidade de energia em pontos críticos da rede. Há também a redução de perdas em alimentadores e transformadores durante o horário de ponta, o impacto direto nos índices de disponibilidade e de qualidade de energia trazendo retorno em curto, médio e longo prazos.

Com Agência Minas