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Órgãos de Saúde estão em alerta pela Copa

<p>Governo de Minas se prepara para evitar novas doenças com a vinda de torcedores de outros países</p>



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Redação Sou BH
12/08/14 às 13:38
Atualizado em 01/02/19 às 19:13

Não é só de gols que vive a Copa do Mundo. Torcedores do Brasil também estão preocupados com a saúde pública. Afinal de contas, 370 mil turistas de diferentes partes do mundo devem desembarcar em Belo Horizonte com a cultura e histórico de saúde de seus países. Com tanta gente chegando, fica o receio da população sobre a possibilidade de que novas doenças entrem no país, ou até mesmo que aquelas, já erradicadas, possam retornar.

Para manter tanto a população, quanto os turistas em segurança, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) vem monitorando o dia a dia das doenças registradas nos países que participam de jogos em Belo Horizonte, e das delegações que se hospedarão em Belo Horizonte, Sete Lagoas e Vespasiano.

Duas vezes por semana, são divulgados boletins que informam a situação epidemiológica desses países. Todas as ações de vigilância promovidas pela SES serão coordenadas pelo Centro de Informações e Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Minas), órgão responsável pelas situações de crise que ocorrem no Estado e o acompanhamento dos agravos com elevado potencial de disseminação e/ou riscos à saúde pública.

Para oferecer maior segurança e tranquilidade, durante a Copa do Mundo os trabalhos de vigilância epidemiológica em Minas ficam concentrados no Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES) e devem se estender até o dia 31 de julho. O COES irá atuar no acompanhamento, notificação, monitoramento e resposta em tempo real. Entre os principais objetivos está a atuação em situações de emergência em saúde pública que superem a capacidade de cuidado das esferas municipais, potencializando recursos humanos e materiais nas regiões do estado em que a estrutura for insuficiente para realização das ações de enfrentamento de eventos de importância em saúde pública.

Todas as atividades do COES estão articuladas com os municípios e com o Governo Federal. Desta forma, será possível oferecer respostas coordenadas a eventos de emergência em saúde pública, que envolvem a vigilância epidemiológica, sanitária, ambiental, o setor laboratorial da Fundação Ezequiel Dias (FUNED) e o CIEVS Minas.

Ao todo, 32 países participam da Copa do Mundo e devem disputar 57 partidas em 12 cidades sede. Só no Mineirão são esperados, a cada jogo, 24 mil estrangeiros. Para oferecer uma estadia tranquila aos turistas, o Governo do Estado preparou o Guia do Viajante Saudável, com informações sobre cuidados de viagem, alimentação e proteção em relação a doenças como hepatites virais e AIDS.

O guia também oferece orientações sobre alimentação segura e cuidados com o manuseio dos alimentos, precauções que podem evitar muitas doenças.  Entre as enfermidades mais comuns que os turistas podem vir a ter durante a Copa estão aquelas transmitidas pelos alimentos. A Vigilância Sanitária intensificou a fiscalização nos estabelecimentos, mas o cuidado com a higiene tanto dos alimentos quanto de utensílios é fundamental. É importante também dar preferência para alimentos cozidos e em temperaturas seguras, e ingerir somente água tratada.

Em caso de problemas de saúde, o turista deverá seguir a mesma rotina de atendimento destinado à população, dirigindo-se às unidades de saúde do município ou, em casos, de urgência e emergência para as Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Para quem viaja com seguro saúde, basta entrar em contato com a seguradora, e em caso de dúvidas, a Secretaria Municipal de Saúde da cidade onde está hospedado será a referência ou a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, pelo telefone 155.

Para manter a saúde é fundamental que a caderneta de vacinação esteja em dia. O Brasil possui um dos melhores sistemas de imunização do mundo e, por esse motivo, a população está bem protegida. Em alguns países, é obrigatória a apresentação do Certificado Internacional de vacinação ou Profilaxia (CIVP) contra a febre amarela. Essa vacina deve ser aplicada no mínimo dez dias antes da viagem, o que pode ser feito em qualquer centro de saúde da rede pública. Para as pessoas que estão vindo para o Brasil, o Ministério da Saúde recomenda a aplicação desta vacina.

Fonte: Agência Minas