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Quadrinhos com protagonistas negras fazem sucesso em BH

A obra “Sereinha” foi inspirada na cultura e religiosidade africanas



Créditos da imagem: Divulgação/Flávia Carvalho
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Redação Sou BH
22/09/18 às 18:18
Atualizado em 01/02/19 às 19:40

Representatividade, inclusão e igualdade são assuntos sérios, mas nas mãos certas podem ganhar leveza e docilidade. É o que propõe a ilustradora, quadrinista e professora Flávia Carvalho. A baiana, que mora e dá aulas de artes e quadrinhos em Belo Horizonte, produz sua obra misturando elementos cotidianos e de fantasia, especialmente protagonizados por mulheres negras.

O destaque vai para a “Sereinha”, lançada neste ano no Festival Internacional de Quadrinhos (FIQBH). A personagem principal é uma sereia, criança e erê (entidade representada em religiões de matrizes africanas). Criada por Iemanjá, ela vive no encontro do rio com o mar.

“Quando eu era criança me via pouco representada nos quadrinhos e histórias que gostava de ler. Não havia muitos personagens negros ou protagonistas mulheres”, conta. Para Flávia, é fundamental que todas as crianças tenham a chance de se reconhecer nas histórias reais ou imaginárias que têm contato, e a arte tem papel fundamental na construção da identidade delas.

“Pretendo continuar o meu trabalho explorando outros elementos da religiosidade e da cultura afrodescendentes”, completa.

Ficou curioso para ver como ficou essa mistura de sereia com criança e cultura africana? Veja abaixo a “Sereinha”:

Ilustração: Flávia Carvalho


Foto: Acervo pessoal/Flávia Carvalho