Chama o Síndico atrai milhares, mas casos de roubo e brigas ligam alerta no "primeiro" teste

O bloco Chama o Síndico abriu o Carnaval tradicional de Belo Horizonte, na noite de quarta-feira (7), arrastando milhares de foliões pela avenida Afonso Pena - a PM fala em 60 mil pessoas, mas há estimativas não-oficiais de mais de 100 mil. A alegria foi um sucesso, como de costume, mas as confusões e brigas durante o cortejo assustaram parte dos foliões no primeiro grande teste da folia de 2018.

Em pelo menos quatro momentos, o trio parou de andar e o bloco suspendeu a música por conta de tumultos. "Ficamos tristes com esses casos de violência, como brigas e roubos. É uma política que sempre adotamos de suspender a folia quando ocorre alguma confusão. Lamentamos, e gostaríamos que existisse mais policiamento feminino, com abordagens mais gentis", afirma ao SouBH Renata Chamilet, da organização do bloco. "Mas nosso Carnaval é motivo de orgulho, ficamos felizes com a festa linda, sem chuva", completa.

Questionada, a Polícia Militar reforçou o esquema de segurança implantado para a época da folia e relativizou os casos de violência. "Registramos poucas brigas. Isso ocorre por causa da multidão, do espaço individual violado. Aí os ânimos ficam mais acirrados, tem o uso de bebidas... Mas a polícia manteve o esquema e interveio rapidamente, evitando que existissem problemas maiores. O evento foi sob controle", diz o porta-voz da PM, major Flavio Santiago.

Serão, ao todo, 12 mil militares espalhados pelas ruas da região metropolitana de Belo Horizonte. O Carnaval começou oficialmente no último dia 27, mas começa tradicionalmente neste sábado, com centenas de blocos (veja a programação aqui). 

Chama o Síndico

Conhecido como o pontapé inicial da folia tradicional de BH, o Chama o Síndico reuniu milhares de foliões ontem entre às 19h e 23h na avenida Afonso Pena. O bloco, criado em 2012, toca clássicos do Tim Maia e do Jorge Ben Jor e sempre sai na quarta-feira anterior ao Carnaval.

Neste ano, o desfile da atração foi adiado pela Belotur para que o impacto no trânsito da região Central de BH fosse amenizado. A gestão municipal também trabalhou com o bloco para criar um trajeto que não interferisse na animação e minimizasse o reflexo na mobilidade dos belo-horizontinos.