FecharX

Todas juntas! Campanha de combate ao assédio no Carnaval oferece tatuagens para as folionas

Além do Rio e de BH, Recife, Salvador e São Paulo também fazem parte da iniciativa



Créditos da imagem: Reprodução
Main 145326 assedio
Redação Sou BH
04/02/18 às 14:53
Atualizado em 01/02/19 às 19:20

Por Júlia Alves

Tatuagens podem combater o assédio contra as mulheres? É o que as folionas de BH estão fazendo no Carnaval deste ano. A iniciativa, que começou ano passado no Rio de Janeiro, está unindo as mulheres por meio de tatuagens temporárias com os dizeres da campanha “Não É Não”. O projeto contra o assédio no Carnaval quer disseminar esta ideia distribuindo tattoos em outras capitais além do Rio e de BH, como Recife, Salvador e São Paulo.  

A iniciativa começou em janeiro de 2017, quando uma carioca foi assediada em um bloco de rua e dividiu sua história com as amigas, que também tinham relatos bem parecidos. “A campanha começou pequena e acabou fazendo muito sucesso no Rio. Conseguimos mais de R$ 21 mil em financiamento coletivo e, por isso, expandimos o projeto em 2018, criando parcerias com outras inciativas em mais capitais brasileiras, como BH”, explica ao SouBH a carioca Luka Borges, uma das produtoras da campanha. 

Reprodução/Instagram/Alô Abacaxi + Luciandra Porciúncula

Belo-horizontinas contra o assédio

Se o Rio é a central, Belo Horizonte é uma das filiais que troca experiências e promove as ideias da iniciativa. Na capital mineira, a arquiteta Luiza Alana é uma das produtoras da campanha e conta com o apoio na distribuição de tatuagens para as folionas de blocos como Alô Abacaxi, Bruta Flor, Garotas Solteiras, Acorda Amor e É o Amô. A belo-horizontina também toca em alguns dos blocos, facilitando o contato e a disseminação da ideia.

As tatuagens são distribuídas exclusivamente para as mulheres, e a recepção do projeto na capital mineira está muito boa. “Estamos recebendo muitos pedidos. Em BH temos a previsão de distribuir mais de 4 mil nas ruas. Outras capitais que ainda não estão participando do projeto, como Porto Alegre e Boa Vista, solicitaram tatuagens para o Carnaval”, comenta Luka Borges.

Crescendo 

Com o debate sobre o assédio contra a mulher crescendo cada vez mais e se tornando extremamente presente em todo o país, as organizadoras da campanha pretendem levar o projeto para outras partes do Brasil e além do Carnaval.  

Segundo Luka Borges, o sucesso do “Não É Não” pode levar este importante debate para todo o ano. “Queremos viabilizar a campanha através das pessoas, fazer debates e participar de passeatas durante todo o ano e expandir nosso projeto para outras cidades e outros grupos do país”, pontua.