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Um dia para se celebrar a Dança

<p>Atividade física prazerosa e repleta de benefícios conquista cada vez mais adeptos no mundo</p>



Créditos da imagem:
Main dona darcy e flavio teixeira
Redação Sou BH
12/08/14 às 13:38
Atualizado em 01/02/19 às 19:09

O dia 29 de abril, Dia Internacional da Dança, caiu nas graças dos bailarinos, professores e apreciadores da arte no mundo inteiro. A atividade tida como democrática não limita idade ou físico para seus adeptos, além de permitir que cada dançarino pratique o ritmo adequado ao seu corpo, seja ele leve, moderado ou intenso.

Prova de que não existe idade definida para deixar os tablados é o exemplo da belo-horizontina Darcy Fortini, aposentada de 91 anos. Sorrindo, ela diz que começou a dançar em 1964 e, entre as muitas atividades que já fez, como pintura e canto em coral, jamais pensou em parar de dançar.

Em plena forma física, a dançarina não reclama de dores e nem necessita de tratamentos médicos para controle da saúde. Pratica dança de salão e dança flamenca assiduamente e atribui a boa forma à sua fórmula base de vida: exercício para a mente e para o corpo, ?por isso eu escrevo, me preocupo com minha postura, faço exercícios para a memória, pilates e dança.?, afirma Darcy.

Manter a mente ativa é um dos principais benefícios da prática de dança, mas eles não param por aí. De acordo com Reginaldo Jimenez, bailarino e professor do Soleá Tablao Flamenco (Rua Sergipe, 1199-B - Savassi), a lista é vasta e vai desde os benefícios físicos, como combate a artrite, artrose, perda de peso, auxílio na flexibilidade, postura e equilíbrio, aos psicológicos, como melhoras na autoestima e sexualidade. ?Já nas crianças, podemos perceber a progressão feita por meio da dança pelas expressões corporais. Na coreografia, cultivam expressões de susto, de alegria, de raiva e assim se soltam cada vez mais?, completa o professor.

A dança também fortalece os valores de respeito e cuidado, nas relações interpessoais entre homens e mulheres, é o que afirma Rodrigo Delano, fisioterapeuta e professor da Universidade de Dança de Salão com 21 anos de experiência. ?Por isso, costumo dizer que um homem que dança jamais baterá em uma mulher?, explica.

O professor reforça ainda que, no caso de idosos a dança faz a manutenção de seus movimentos de uma forma lúdica e prazerosa. Já para as crianças, ela supre a necessidade de experimentação em diferentes atividades na 1ª e 2ª infância.

Cuidados
Como todo exercício físico, a dança deve ser praticada sob orientação de um profissional. A pessoa interessada em dançar precisa encontrar o ponto ideal de esforço e que não prejudique sua saúde. Por isso, o fisioterapeuta orienta a usar sempre calçados adequados para a prática, além do profissional que deve ser qualificado, já que as abordagens para o ensino da dança são bem diferentes de acordo com a idade do aluno. ?O ideal é que se faça uma aula individual antes de iniciar em aulas coletivas. Assim, o aluno descobre o nível de adequação para a atividade?, comenta.

Uma curiosidade: instituído pela UNESCO em 1982, o Dia Internacional da Dança ou Dia Mundial da Dança (29 de abril), faz referência à data de nascimento do francês Jean-Georges Noverre (1727-1810). O bailarino e professor de dança se destaca na história por ter escrito o ?Letters sur la Danse?, conjunto de cartas sobre o balé de sua época. Já no Brasil é comum associar a celebração ao nascimento de Marika Gidali, bailarina co-fundadora do Ballet Stagium (1971), São Paulo.

Quem quiser começar a dançar em Belo Horizonte, pode encontrar aulas em escolas especializadas que duram em média 1h ou 1h30, de acordo com o ritmo, para adultos, e de 50 minutos para crianças. Os preços variam em média entre R$60 e R$120, dependendo do horário ? para aulas de uma vez por semana.

darcy
Darcy toca castanhola em sua aula de dança flamenca - Foto: Débora Gomes