Em
1924, após passarem o carnaval no Rio de Janeiro, Mário de Andrade, Oswald de
Andrade, Tarsila do Amaral e outros três amigos optaram por prolongar a viagem
e assistir as celebrações da Semana Santa em Minas Gerais. Mas, de um simples
percurso pelo interior do país, o passeio histórico ganhou tanta importância
que se tornou uma verdadeira expedição pela busca de uma identidade nacional e
pela valorização do Barroco e do legado de Aleijadinho.
Inspirada
pelo episódio, conhecido como Viagem da Descoberta do Brasil, a equipe da
CASACOR Minas empreendeu a Caravana Modernista, uma jornada de Belo Horizonte a
Cataguases, que permitiu uma viagem no tempo, revisitando aspectos artístico-culturais ligados à
produção do período modernista no Brasil. Com entrada gratuita, a
exposição fica aberta ao público de 13 de novembro a 16 de dezembro, no CCBB.
O
acervo
Viajar
no tempo para revisitar aspectos artístico-culturais ligados à produção do
período modernista do Brasil. Esse é o objetivo da Caravana
Modernista. A ideia nasceu quando o
idealizador da proposta traçou uma linha do tempo a partir do momento em que
soube que a CASACOR Minas de 2019 seria realizada no Palácio das Mangabeiras.
Foram
três visitas durante o processo de pesquisa e a caravana
contabilizou quatro dias de visita a Cataguases, o projeto reuniu uma série de
materiais históricos importantes como os primeiros croquis do mestre Joaquim
Tenreiro como projetista autoral de mobiliário brasileiro.
Registros
das obras de Oscar Niemeyer, fotografias da residência com os herdeiros de
Francisco Inácio Peixoto, que abriram as portas para a equipe da CASACOR Minas, assim
como a primeira câmera utilizada pelo cineasta Humberto Mauro para filmar um longa no Brasil, que também aconteceu na cidade de Cataguases, estão nos
registros da Caravana Modernista.
A
exposição ainda apresenta uma série de trabalhos que contribuem para
entendermos melhor o período modernista no Brasil e suas contribuições em
Minas Gerais.