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Chichico Alkmim, Fotógrafo

Palácio das Artes

Chichico Alkmim, Fotógrafo

Evento encerrado
  • Gratuito

Data

09/11/19 até 23/02/20

Ter, Qua, Qui, Sex, Sab | 11:30 - 23:00

Dom | 19:00 - 23:00


Créditos da imagem: Reprodução / Francisco Augusto de Alkmim

Toda a beleza e força do retrato social brasileiro foram registradas pelo fotógrafo mineiro Francisco Augusto de Alkmim, cujas obras ocupam a Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard, no Palácio das Artes, de 9 de novembro até 23 de fevereiro, com entrada gratuita. A exposição Chichico Alkmim, Fotógrafo, é uma parceria com o Instituto Moreira Salles (IMS), possui curadoria do poeta e consultor de Literatura do IMS Eucanaã Ferraz, e abrange todos os anos de produção do artista em Diamantina (MG). Em meio ao conjunto de 251 fotografias feitas durante a primeira metade do século passado, a exposição perpassa a construção social, racial e histórica do povo mineiro.

 

Há quatro anos, o acervo de Chichico – composto por mais de cinco mil negativos em vidro e fotografias originais de época –chegou ao Instituto Moreira Salles e foi exposto na capital carioca, em 2017, na mostra homônima que hoje chega a Minas Gerais. A exposição, que também já passou pelo IMS São Paulo (São Paulo) e IMS Poços (Poços de Caldas), busca inserir o artista no âmbito dos grandes fotógrafos brasileiros.


Fotografia e tradição 

 

Além de casamentos, velórios, batizados, entre outras inúmeras passagens que marcaram a vida do povo de Diamantina, Chichico se dedicou a fotografar a vida musical da cidade. Na mostra, serão expostos também cinco discos 78 RPM, com as obras de compositores da época do Império, como Ernesto Nazareth, até canções do maranhense Catullo da Paixão Cearense. Os visitantes poderão ouvir as músicas e observar os registros de seresteiros, grupos de jazz, estudantes de música e bandas escolares e militares fotografados pelo artista.

  

Autodidata na fotografia, Chichico estabeleceu-se em Diamantina no período em que a cidade já sofria com o intenso período de exploração garimpeira. Ensinou o que sabia a Assis Horta, colega fotógrafo conhecido por retratar democraticamente trabalhadores que adquiriam, pela primeira vez, a carteira de trabalho, cuja obra também foi apresentada no Palácio das Artes. Ao final de 2019, é a vez do acervo do expoente da fotografia mineira, celebrado desde a publicação de O olhar eterno de Chichico Alkmim (2005) – primeiro livro com as imagens do artista – ocupar a Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard.

  

Francisco Augusto de Alkmim

 

Francisco Augusto de Alkmim nasceu em Bocaiúva (Minas Gerais), em 1886, filho de Herculano Augusto d’Alkmim e Luiza Gomes d’Alkmim. Em 1913, casou-se com Maria Josephina Neta Alkmim, com quem teve seis filhos. Aprendeu a fotografar no início da década de 1900 e em 1910 mudou-se para Diamantina, instalando provisoriamente seu primeiro estúdio. Em 1920, estruturou seu estúdio profissional e um laboratório fotográfico em sua residência. Utilizou principalmente negativos de vidro emulsionados com nitrato de prata. Aposentou-se em 1955, aos 69 anos e faleceu em 1978, aos 92 anos.

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