O Centro Cultural Banco do Brasil de Belo Horizonte recebe uma exposição inédita pra lá de interessante até o dia 19 de março. O Festival Internacional de Linguagem Eletrônica - FILE apresenta atividades interativas e imersivas que proporcionam ao público participar de cada atração de um jeito único. A entrada é gratuita e a classificação é livre. A visitação diária se encerra às 21h30, de quarta a segunda-feira.
Ser embalado a vácuo, mudar de cabeça e balançar em um mundo real e virtual ao mesmo tempo são algumas das experiências da exposição Disruptiva, iniciativa do FILE. Com curadoria de Ricardo Barreto e Paula Perissinotto, a edição do festival montada especialmente para Belo Horizonte reúne mais de 120 obras, de instalações totalmente imersivas a videogames e animações.
Duas das obras vão, literalmente, transportar o visitante para dentro de um mundo inédito. Shrink 01995, de Lawrence Malstaf, embala a plateia a vácuo entre duas folhas de plástico transparente e deixa-a verticalmente suspensa. Physical Mind, de Teun Vonk, deita os participantes entre dois objetos infláveis, que os erguem do chão e os espremem suavemente.Há obras que abordam a relação entre movimento real e movimento digital; movimento físico e movimento sonoro. Em Swing, de Christin Marczinzik e Thi Binh Minh Nguyen, o público se senta em um balanço usando óculos 3D que interagem com a intensidade do balançar, sendo levado em um voo por um mundo de maravilhas.
A interatividade
também é destaque em nove instalações que sugerem a imersão digital, selfies,
a emoção real e virtual. Em Little Boxes, de Bego Santiago, é a plateia
que vai movimentar a obra: pessoas minúsculas projetadas em caixas de madeira
ficam apavoradas com a presença dos visitantes que entram na sala: gritam,
fogem e se escondem. E em To Reverse Yourself, de Bohyun Yoon, um espelho autônomo
cria uma imagem híbrida de dois espectadores, combinando o corpo de um com o
rosto de outro – e vice-versa.
A exposição abre, ainda, a possibilidade do jogo, da conexão e da ludicidade, com
um dos destaques neste setor: Dear Angelica, de Oculus Story Studio, um
filme de realidade virtual, ilustrado à mão, que leva o público a navegar entre
desenhos gigantescos, em uma narrativa espetacular cheia de memórias de uma
adolescente.