A 14ª
edição do CineBH anunciou recentemente a seleção dos filmes que
integram a mostra temática A Cidade em Movimento. São 16 filmes, em
formato de médias e curtas independentes realizados na região metropolitana de
BH, que dialogam com a vivência urbana diante de contextos sociais propostos
pela curadoria.
A
seleção desse ano levou em conta o cenário imposto pelo isolamento social para
pensar sua temática, definida como Sonhar a cidade. Os filmes podem
ser assistidos, de forma gratuita, a partir do dia 30 de outubro até 2 de
novembro no site oficial do evento.
Diante
da seleção dos 16 títulos que vão compor A Cidade em Movimento de 2020, a
curadora, Paula Kimo, observou que a cidade se tornou espaço provisoriamente
restrito, o que concentrou a conexão com ambientes domésticos e as redes, sejam
virtuais ou psicológicas.
A
curadora definiu, então, quatro sessões, de forma a tematizar diversos aspectos
e colocar em debate, nas rodas de conversa transmitidas paralelas aos
filmes, as relações e conexões entre os curtas e a temática. A primeira
sessão, Pandemia Criativa, reúne um conjunto de filmes produzidos nesse
cenário de exceção sanitária, na cidade de Belo Horizonte, em sua maioria
gravados de forma independente e isolada, mas também em atrito com a cidade e
suas subjetividades. O bate-papo sobre a sessão será no dia 30 de outubro,
às 19 horas, com o crítico e pesquisador João Paulo Campos.
A
segunda sessão é intitulada Corpos Dissidentes, com filmes que transitam
pelo universo LGBTQIA+. Corpos que renunciam aos padrões hétero e
cisnormativos buscam falar da diversidade sexual, liberdade, amor e invenção;
encontros, olhares e ritos de passagem traduzem gestos políticos de uma
comunidade que se coloca e se impõe na dinâmica social e também nas telas do
cinema. A roda de conversa acontece com a jornalista, performer e
produtora Juhlia Santos, no dia 31 de outubro, às 19 horas.
Em O
teatro em Cena, produções discutem o teatro belo-horizontino e seus
desafios diante de uma situação emergencial que fechou as salas de espetáculo e
os espaços coletivos onde os artistas se apresentavam. Na roda de conversa,
no dia 1º de novembro, às 19 horas, estará a atriz e
dramaturga Marina Viana.
Por fim, a quarta
sessão se chama A Paz é Branca ou a Resistência Tem Cor e reúne três
curtas-metragens sobre histórias, personagens e obras do cinema negro de
BH, com filmes que tematizam o debate sobre o racismo e seus enfrentamentos,
por meio da expressão artística e política. Dessa vez, a roda de conversa contará
com a pesquisadora Maya Quilolo, no dia 2 de novembro, às 19 horas.