Plano Nacional das Artes de Portugal
O debate vai tratar do Plano Nacional das Artes (PNA), criado em 2019 pelas áreas governativas da Cultura e da Educação da República Portuguesa, com um horizonte temporal de 10 anos, e com o objetivo de aproximar a cultura, as artes e o patrimônio dos cidadãos - em particular das crianças e dos jovens, corrigindo as desigualdades nesse acesso. Alicerçado no princípio de "democracia cultural", o PNA pretende esclarecer e argumentar a importância das artes e do patrimônio no cotidiano e na formação ao longo da vida, capacitar as comunidades educativas e o sistema de agentes que as envolvem, e incentivar o compromisso cultural dos cidadãos.
Participantes:
Paulo Pires do Vale - filósofo, professor universitário, ensaísta e curador. É, desde 2019, o Comissário do Plano Nacional das Artes de Portugal.
Antonio Albino Canelas Rubim - pesquisador do CNPq e do Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura (CULT). Professor do Programa Multidisciplinar de Pós-graduação em Cultura e Sociedade (Pós-Cultura) da UFBA. Ex-Secretário de Cultura da Bahia. Ex-Presidente do Conselho Estadual de Cultura da Bahia.
Mediação e apresentação:
Heloisa Pisani - assistente de Relações Internacionais do Sesc São Paulo. Jornalista, mestre em Multimeios e especialista em Gestão e Políticas Culturais.
Sábado (23)
Juventude, Cidade e Tecnologias Comunicativas
Desde o início da pandemia do coronavírus no Brasil, as ciências humanas - sobretudo as sociais - discutem o quanto esse momento traria à tona diversas desigualdades presentes em nossa sociedade. Conflitos têm se dado nos espaços da internet, com destaque para a ascensão de grupos conservadores, que se apropriam do uso massivo das redes sociais para difundir suas ideias, muitas vezes fundamentadas em discursos negacionistas e anticientíficos. Como utilizar, então, a internet e suas ferramentas de comunicação para difundir o pensamento científico de maneira clara e ainda engajar os jovens? Como a comunicação popular pode auxiliar no combate às desigualdades? No encontro, o antropólogo Guilhermo Aderaldo e o cineasta Daniel Fagundes conversam sobre comunicação popular, divulgação científica e a importância de engajar os jovens, escutando o que eles têm a dizer e crendo na capacidade de suas contribuições, por meio dos projetos que os pesquisadores têm realizado na internet.
Participantes:
Daniel Fagundes - cineasta, educomunicador e poeta, sócio-fundador da Caramuja: Pesquisa, Memória e Audiovisual. Diretor dos filmes "Imagens de Uma Vida Simples" (2006), "Sangoma" (2013), "A Primeira Boca, A Primeira Casa" (2015), "Oxente, Bixiga!", (2020) e "O Olhar de Edite". (2021). Escreveu uma série de artigos para livros e revistas populares e acadêmicas, como "Sampa Mundi", "Revista do Vídeo Popular", "Revista Viração", etc. É autor dos livros "Lágrima Terra" (Edições Toró, 2009); "FLOR(E)CIMENTO" (Nóis por Nóis, 2018); e "Contos para Descontar o Descontentamento com a Vida" (Selin Trovoar, 2020).
Guilhermo Aderaldo - doutor em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (USP). Atua como pesquisador e professor do Programa de Pós-graduação em Antropologia da Universidade Federal de Pelotas (Ppgant/Ufpel). É autor do livro: "Reinventando a Cidade: Uma Etnografia das Lutas Simbólicas entre Coletivos Culturais Vídeo-Ativistas nas 'Periferias' de São Paulo" (Annablume/Fapesp, 2017) e um dos organizadores do livro "Práticas, Conflitos, Espaços: Pesquisas em Antropologia da Cidade" (Gramma/Fapesp, 2019).
Mediação e apresentação:
Emily Fonseca, historiadora, pesquisadora no Centro de Pesquisa de Formação do Sesc São Paulo.