Música, essência,
sonoridade e muita brasilidade! Isso é o que marca o trabalho do cantor e compositor
Manu Lafer. O artista, que está completando 21 anos de carreira, desembarca pela primeira vez na capital, no dia 7 de novembro, às 21h, n’A Autêntica para
uma noite pra lá de especial, recheada com muita música nacional.
A apresentação, intitulada como Indo a Minas, celebra a união e parceria do
músico com o mineiro Toninho Horta. O guitarrista e cofundador do Clube da Esquina
será o grande convidado do show. A dupla sobe ao palco para interpretar algumas
canções já gravadas por eles como Passa a Bola, Indo Pra Minas, que dá nome a performance, e História de Zé Ninguém, um prenúncio das tragédias ambientais que Minas
Gerais sofre.
No show ainda estão canções de toda a trajetória do artista como Cândido, parceria de Manu com Danilo Caymmi, que tocou e
compôs para o Clube Da Esquina, a jazzeada Frum, o afoxé Preto Velho, sua
obra-assinatura, Depressa, Amor e A Lente Do Homem, sua música mais regravada e
carro chefe do músico.
Essa será a primeira apresentação do cantor em terras mineiras, que tem forte
ligação com Minas Gerais. Ele acredita que a explicação para essa sintonia esteja em sua árvore genealógica, que há cinco ou seis gerações, está um dos
fundadores da capital. O músico revela que será uma noite especial e um show
único.
Manu se apresenta ao lado de Fabio Tagliaferri (direção musical, ukulele e
viola de arco), Swami Junior (violão de 7 cordas), Danilo Penteado (baixo
elétrico, vocais e bandolim) e Sergio Reze (bateria e percussão). Os ingressos
ainda não estão disponíveis para compra.
Manu Lafer
Entre composições autorais e releituras de sucessos da Mpb, Manu passeia por
vários ritmos. As sonoridades de estilos como o samba, afoxé, bolero e baião
ganham destaque na voz do artista e revelam as diversas possibilidades que a
música oferece.
O paulistano,
que também divide a paixão pela música com outra profissão, a medicina pediátrica,
começou a tocar quando tinha apenas 14 anos e fortaleceu seu trabalho autoral apoiado
na tradição do passado, dos chamados cantores do rádio. Nomes como Gilberto
Gil, João Gilberto, Chico Buarque e Jorge Ben são grandes influências para o
músico.
Com um pensamento muito rítmico, ele gosta de explorar os sons e dar novas
formas às canções. O gosto parte de uma análise sobre as obras de João Gilberto
e reforça a riqueza da tradição brasileira e do violão na canção popular. “A
música sempre tem que ser nova, tem que ter vida. Uma música antiga pode ser
apresentada de forma cativante para o público. E o contrário também.
Uma música lançada ontem pode ser muito previsível. Temos um mundo inteiro para
descobrir”, conta.
E para quem pensa que sua bagagem musical se restringe apenas ao Brasil, se
engana. Durante o período que morou nos Estados Unidos, ele se aventurou por outras
sonoridades. No jazz, Manu colaborou com nomes como o clarinetista e saxofonista
tenor Ken Peplowski, com quem lançou Something Old And New; John Pizzarelli e Maude
Maggart, uma cantora de cabaré. Manu Lafer é autor de mais de 300 músicas e dono de 20 cds e 2 dvds.