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Guardiões da Galáxia

Leia a resenha do Blog A Última Sessão sobre o filme campeão de bilheterias



Créditos da imagem: Divulgação
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Grupo de bons atores é o trunfo do filme
Redação Sou BH
30/08/14 às 21:40
Atualizado em 01/02/19 às 19:58

Mais ou menos aos 30 minutos de projeção de "Guardiões da Galáxia" tem uma sequência que mostra os “heróis” do filme realizando a fuga de uma prisão espacial. Eu já estava deliciado com o filme desde que os primeiros minutos, mas foi a partir daquela cena que a ficha caiu: eu estava assistindo a um verdadeiro clássico do cinema de aventura!

Esta nova produção dos estúdios Marvel reúne todos os ingredientes que separam os bons filmes de ação dos clássicos do gênero: um grupo de protagonistas que se auto completa interpretado por bons atores que dão vida e empatia aos seus personagens; situações de perigo ou urgência que vão desencadeando outras situações de ainda mais perigo e urgência; efeitos especiais usados de forma inteligente como recursos narrativos e humor da melhor qualidade para encarar um argumento onde tudo pode acontecer. Dito assim, parece que "Guardiões da Galáxia" segue uma fórmula pronta. Sim e não. Talvez exista essa fórmula – que é a mesma daqueles velhos seriados do cinema que inspiraram Steven Spielberg e George Lucas a criar “Star Wars” ou “Indiana Jones”. Mas acima de tudo, a gente vê claramente que aquele é um filme feito com um único propósito: oferecer duas horas de pura diversão para plateias de todas as idades nos quatro cantos do mundo. E, neste quesito, a produção dá um show nos episódios mais recentes de Star Wars e Superman, só para citar alguns exemplos.

Se você ainda não viu, não leu e nem ouviu nadica de nada sobre esta aventura dos Guardiões, a história bem resumida é assim: no mesmo dia da morte da mãe, um garoto da Terra é abduzido por uma nave espacial. Mais de 20 anos depois este garoto se tornou o aventureiro Peter Quill que tenta estabelecer uma reputação como “O Senhor das Estrelas”. De posse de um artefato que dá poderes ilimitados, ele acaba se envolvendo com a perigosa Gamora; com Rocket Racoon, um guaxinim de língua afiada fruto de experiências genéticas; com Groot, um ser em forma de árvore que se limita a dizer:”Eu sou Groot” e com um Drax, o Destruidor, uma figura de força descomunal. Juntos, eles formam um grupo improvável de anti-heróis e precisam unir forças para vencer uma ameaça maior.

Muitos dos acertos do filme estão em escolhas ousadas dos produtores: a começar pelo diretor James Gunn – um sujeito com alguns erros e acertos no currículo, mas com paixão pelos personagens. Chris Pratt era um eterno coadjuvante que tirou sorte grande ao ganhar o papel de Peter Quill (ou o Senhor das Estrelas, como ele gostaria de ser chamado). Ele é um achado – não é exagero dizer que ele tem o carisma de um Harrison Ford em seus melhores dias como Han Solo. Zoe Saldana e o lutador de MMA Dave Bautista também se saem bem. E Bradley Cooper e Vin Diesel emprestam suas vozes para os seres mais incomuns da trupe. Fora isso, uma trilha sonora de respeito resgata os anos 70 e 80 e pontua o filme em momentos inusitados, acionadas pela fita cassete do velho  walkman que Peter Quill carrega desde criança. Quem viveu aqueles anos vai se deliciar com as referências, como Footloose, Kevin Bacon e a surpresa pós-créditos

Os “Guardiões da Galáxia” marcam uma nova fase na construção de um universo Marvel. A fase 1 é aquela que reuniu os filmes de Homem de Ferro, Capitão América, Thor e Hulk e culminou em “Os Vingadores”. Você tem ideia de quanto a Marvel faturou com estes filmes e com todos os produtos que relacionados ou inspirados com eles? Bom… dinheiro suficiente para que uma Fase 2, com personagens menos conhecidos como Os Guardiões, ganhasse sinal verde para ser produzida. A pergunta óbvia era: Será que eles vão deixar a peteca cair? Não deixaram. E de quebra criaram um filme de aventura com leveza, pirotecnia, cenas impagáveis e personagens que entram de vez no gosto do público. Resumindo tudo isso em duas palavras: não perca!