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Conta de luz vai ficar mais cara a partir de julho

O reajuste foi definido pela Aneel em razão da baixa quantidade de chuva em 2018



Créditos da imagem: TheStoryteller/Shutterstock.com
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Redação Sou BH
21/05/19 às 19:03
Atualizado em 21/05/19 às 19:03

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, nesta terça-feira (21), o reajuste de 6,93% nas tarifas de energia elétrica dos clientes residenciais da Cemig Distribuição, que passa a valer a partir da próxima terça-feira (28).

Conforme estabelece a legislação do setor elétrico, a definição das tarifas das distribuidoras, bem como os processos de reajustes tarifários anuais e revisões tarifárias, são gerenciados pelo órgão regulador do sistema elétrico e previstos nos contratos de distribuição. 

O que mais influenciou a decisão da Aneel para esse aumento foi a escassez de chuvas do ano passado, quando as usinas termelétricas, que são mais caras para produzir energia, foram acionadas constantemente em quase todo o segundo semestre.

De acordo com o gerente de Tarifas da Cemig, Giordano Bruno Braz de Pinho Matos, a Cemig teve uma despesa adicional de R$ 1,5 bilhão para comprar energia até fevereiro deste ano, para garantir o fornecimento aos clientes mineiros. “Apesar do alto custo de produção de energia, as usinas termelétricas são essenciais para garantir o fornecimento dos consumidores em períodos de escassez de chuva, que têm predominado no Brasil nos últimos anos”, acrescenta. 

Composição da tarifa

Do valor cobrado na tarifa, apenas 22% ficam na Cemig Distribuição e se destinam a remunerar o investimento, cobrir a depreciação dos ativos e outros custos da empresa. Os demais 78% são utilizados para cobrir encargos setoriais (13%), tributos (30%), energia comprada (29%) e encargos de transmissão (6%). 

Segundo Giordano Bruno Braz de Pinho Matos, o consumidor vai perceber o reajuste total a partir da fatura de junho – e que possuem vencimento em julho. “As datas de leitura das contas de energia são distribuídas ao longo do mês. Assim, em junho, os consumidores pagarão uma parte do consumo ocorrido antes de 28 de maio, ainda conforme a tarifa antiga, e a outra parcela do consumo já com o reajuste da tarifa”, explica.