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Personal chef garante tranquilidade ao dono da festa

Na hora de receber convidados, belo-horizontinos escolhem ter alguém à frente da cozinha



Créditos da imagem: Divulgação
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Chefs Ricardo Crivelli e Pedro Haddad
Redação Sou BH
18/08/14 às 22:38
Atualizado em 01/02/19 às 19:58

Há dois anos, o jornalista Pierre Menezes, 38 anos, se dedica ao ofício de personal chef. A profissão, relativamente nova, vem conquistando espaço em Belo Horizonte. “Há pelo menos cinco anos, observo o crescimento da demanda por esse profissional e, não é só isso, o interesse pela culinária de maneira geral também cresceu muito”, revela, acrescentando que as pessoas buscam qualidade, atendimento personalizado e comodidade.

“Há uma preferência em receber os amigos em casa ou espaços gourmet, eliminando a fila de espera e a dúvida de ser ou não bem atendido”, concorda o personal chef Ricardo Crivelli, 30. Ao lado do sócio, Pedro Haddad, 30, ele criou a Gastrô Home Cozinha Personalizada e há seis meses atende parte dessa crescente demanda, que percebeu através de trabalhos esporádicos. “Tenho doze anos de cozinha, sempre trabalhei em restaurantes e realizava alguns trabalhos de forma autônoma. Percebi o crescimento da procura pelo personal chef e resolvi investir”.

Da lista de compras à limpeza da cozinha, o personal chef é um “verdadeiro faz-tudo, o cliente não se preocupa com nada. A dona da casa vai efetivamente participar da festa, do bate-papo, ser uma anfitriã”, explica Menezes. Antes de colocar a mão na massa, entretanto, o profissional deve conhecer o ambiente em que vai trabalhar. Ele precisa verificar o que é preciso levar, definir o cardápio segundo o perfil do evento e dos convidados. “Precisa ser exatamente o que o cliente deseja, fugir do trivial. A partir de uma conversa informal, elaboramos algumas opções e ele dá a palavra final”, conta Ricardo Crivelli.

O valor do serviço, incluindo mão de obra e insumos, é a partir de R$ 40 por pessoa. Por exemplo, um jantar para 10 pessoas tendo risoto ou massa como prato principal fica em torno de R$ 600. “Bem aproximado do que seria cobrado em um restaurante que ofereça o mesmo padrão da refeição servida. Geralmente, entrada, salada, prato principal e sobremesa”, avalia Pierre Menezes. Quando há inclusão de bebidas, o valor aumenta, chegando a uma média de R$ 140 por pessoa. “O valor é calculado com base no tipo de prato servido, os ingredientes necessários e as técnicas de preparo”, explica Crivelli.

A professora universitária Roberta Luchini, 28, descobriu a oferta desse tipo de serviço no Facebook e não só aprova como indica: “é maravilhoso, garante status ao seu evento, os convidados se sentem especiais para você”. Ela contratou o chef para a celebração dos 54 anos de sua mãe e ficou satisfeita com a qualidade do trabalho. “Minha mãe não gosta de restaurante, reclama do tempo gasto no deslocamento e da espera pelos pratos. O personal chef foi a solução, permitiu uma refeição de requinte em um ambiente mais do que confortável e aconchegante: sua própria casa”.

Além disso, a relação custo-benefício também superou suas expectativas de forma positiva: “considerando uma ida ao restaurante, o valor pago seria semelhante, mas o aproveitamento não se compara. Em casa, ficamos muito mais à vontade e não tivemos trabalho nenhum. Ele fez as compras; indicou as bebidas; preparou a mesa e, no final, deixou tudo organizado e limpo”. E quem não dispõe de espaço em casa, o serviço pode ser realizado em espaços gourmet ou pequenos clubes e salões, “que ofereçam cozinha profissional ou semi-profissional, e com a mesma qualidade”, garante Ricardo Crivelli.

Já a dona de casa Walewska Costa, 54, contratou os serviços do personal chef por indicação da filha, para quem ele preparou um jantar mexicano. Praticidade é a palavra que define o serviço, na opinião de Walewska. “Queria comemorar o aniversário de 57 anos do meu marido, servindo um almoço, mas sem me preocupar com as tarefas da cozinha. Aproveitar e, ao mesmo tempo, perceber que todo mundo estava satisfeito”. O desejo foi realizado e para ela, mesmo se o serviço fosse caro, “a economia não paga o prazer de participar tranquilamente da festa, quase como uma convidada. Hoje buscamos comodidade, desfrutar dos encontros, que são tão poucos devido à correria do dia-a-dia”. Considerando todo o trabalho e cuidado empreendido pelo profissional e o elogio dos convidados, ela acredita que pagou um preço justo.