Câncio de Oliveira: o fotógrafo que deu forma e cor à memória de BH no século XX
Lagoa da Pampulha, Praça Sete, Mineirão e centenas de imagens aéreas da capital fazem parte do acervo
1942.
Esse foi o ano em que um dos fotógrafos mais importantes da história de Belo
Horizonte fez seu primeiro registro no Parque Municipal. Desde então, Câncio de
Oliveira tem uma relação muito próxima com a capital, estreitada pelas lentes
da máquina fotográfica.
O fotógrafo autodidata tomou gosto pela profissão ainda jovem quando ganhou uma máquina amadora do tio. Os trabalhos começaram com casamentos. Foram mais de cinco mil cerimônias fotografadas entre os anos de 1950 e 1982.
A fase seguinte foi marcada pelos registros dos pontos turísticos de BH, como a Pampulha que virou cartão-postal comercializado pelas papelarias da época.
Utilizando a técnica da luz e contraluz, o acervo de Câncio é marcado pelas fotografias preto e branco e pelos personagens, que vão desde autoridades, como Getúlio Vargas, a moradores da cidade no cotidiano. O senhor, hoje com 92 anos, também registrou o início das grandes construções da capital, como a Usiminas, a Petrobras e a Usina Siderúrgica da Mannesmann, no Barreiro.
Sobre seu arquivo de fotos, Câncio reforça: “Aqui tem 60 anos da minha vida. Meu acervo é a única coisa que eu tenho."
Quer ver o antes e depois de BH em fotos? Acompanhe o Instagram do Sou BH nesta quarta-feira. Selecionamos registros dos pontos mais famosos da cidade.
Mineirão em obras nos anos 70.
Pirulito da Praça Sete em 1980
Praça Raul Soares em 1950
Fotos de Câncio de Oliveira