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Cláudia Abreu é Pluft, o fantasminha

Em edição comemorativa, espetáculo clássico de Maria Clara Machado será apresentado no Teatro Sesiminas



Créditos da imagem: Guga Melgar
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Cláudia Abreu, Renata Amaral e José Lavigne fazem uma família de fantasmas
Redação Sou BH
06/09/14 às 13:18
Atualizado em 01/02/19 às 19:59

Nascida em Belo Horizonte, Maria Clara Machado está entre as escritoras brasileiras de maior reconhecimento da dramaturgia infantil. Foi ela quem fundou o Teatro Tablado, no Rio de Janeiro, uma das principais escolas de teatro do Brasil. Uma das peças mais emblemáticas da autora, até hoje, é “Pluft, O Fantasminha”, clássico que há quase 60 anos encanta o universo infantil.

Em uma edição comemorativa, a peça será encenada em Belo Horizonte com a atriz Cláudia Abreu no papel-título. Com ela, os atores José Lavigne, Thelmo Fernandes, Miriam Freeland, Sergio Maciel, Pedro Kosovski e João Sant'anna dão vida a um dos textos mais cativantes da dramaturgia brasileira nos dias 13 e 14 de setembro (sábado 16h e 18h, e domingo às 15h e 17h), no Teatro Sesiminas.

Maria Clara Machado estreou “Pluft, o Fantasminha” em 1955, no Tablado (RJ). Desde então não parou de correr pelos palcos do Brasil e do exterior, fascinando públicos de todas as idades. A história do fantasminha já foi traduzida para mais de dez idiomas, montada em toda a América Latina, Alemanha, França, Itália e até mesmo nos países da antiga União Soviética.

A diretora Cacá Mourthé conta que a nova montagem nasceu do desejo de levar às novas gerações a alegria e a riqueza deste que é um dos mais importantes textos da dramaturgia voltada ao público infanto-juvenil, considerado uma obra prima por críticos e artistas. "Desde 1955, Pluft vem sendo montado por amigos, familiares, alunos, ex-alunos consagrados. Sempre com muita emoção e muito afeto, muito afeto mesmo. O espetáculo é um verdadeiro caleidoscópio de emoções e parcerias, encontros e amizades. Um clássico como Pluft deveria estar permanentemente em cartaz assim como O Pássaro Azul, de Stanislavski, que permanece há anos e anos em cartaz na Rússia, em Moscou", afirma Cacá Mourthé.

A volta de Cláudia Abreu ao personagem, neste momento de sua vida, tem uma forte motivação: “Eu quis voltar a fazer a peça porque tive três filhos depois da outra montagem, e eles têm menos de seis anos! Quis fazer especialmente para eles. Acho que vai ser um marco carinhoso na infância deles. Espero me divertir muito, como da primeira vez, e também descobrir novas formas de fazer essa peça maravilhosa. O contato com as crianças é sempre surpreendente e encantador!”

O espetáculo foi indicado ao Prêmio Zilka Sallaberry 2013 em seis  categorias:  Melhor Cenário, Melhor Figurino, Melhor Produção, Melhor Iluminação,  Menção Honrosa  e Melhor Atriz (Claudia Abreu), tendo sido premiado nestas duas ultimas categorias.

A peça conta a história do rapto da Menina Maribel (Miriam Freeland) pelo Pirata Perna-de-Pau (Thelmo Fernandes), em busca do tesouro do avô da menina, o Capitão Bonança, que morreu no mar deixando lá no fundo a sua herança. Enquanto os amigos de Maribel, o trio João (João Sant’Anna) / Julião (Pedro Kosovski) / Sebastião (Sergio Maciel), saem à sua procura, o vilão esconde a menina no sótão de uma velha casa abandonada onde vive uma família de fantasmas: o fantasminha Pluft (Cláudia Abreu), que nunca viu gente; a Mãe (Renata Amaral), que faz deliciosos pastéis de vento e vive conversando ao telefone com Prima Bolha; Tio Gerúndio (José Lavigne), que passa o dia inteiro dormindo dentro de um baú; e Xisto (representado por um boneco), o primo aviador que surge apenas no final para ajudar no salvamento da menina. A grande chave da poesia teatral criada pela autora é a amizade que surge entre a Menina Maribel e o Fantasminha Pluft.