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Completando 123 anos, o Parque Municipal de BH continua esbanjando beleza

Complexo possui várias curiosidades acerca de sua existência, e já foi até mesmo lar de uma onça-vermelha



Créditos da imagem: Antonio Salaverry/ shutterstock
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Redação Sou BH
25/09/20 às 16:16
Atualizado em 25/09/20 às 16:16

Situado bem no coração de Belo Horizonte, o Parque Municipal Américo Renné Giannetti foi fundado no dia 26 de setembro de 1897, antes mesmo da capital mineira, e está completando hoje 123 anos! Projetado no final do século XIX pelo paisagista Paul Villon, o espaço possui grande importância devido a suas riquezas biológica, arquitetônica, cultural e social, e também por sua imponente tradição histórica.

Com tantos anos de existência, o parque já serviu até mesmo como morada de Olegário Maciel, governador do Estado à época, além de abrigar também espécies curiosas da fauna brasileira. Além do mais, a área que abrange o Parque Municipal já foi muito maior do que a que conhecemos hoje. Para falar sobre esses e outros fatos, e celebrar o aniversário desse importante ponto turístico de BH, listamos algumas curiosidades referentes ao espaço. Confira!


Grande extensão

No projeto original, o Parque Municipal se estendia por cerca de 600 mil metros quadrados, tendo como limite de suas extensões as avenidas Afonso Pena, Mantiqueira (atual Alfredo Balena), Araguari (atual Francisco Sales) e Tocantins (atual Assis Chateaubriand).

Com a expansão da capital, o parque começou a ceder espaço para outras construções que surgiam com a modernização arquitetônica, como a Faculdade de Medicina, o Colégio Imaco e a Moradia Estudantil Borges da Costa. Portanto, atualmente, ele se estende ao longo de 182 mil metros quadrados.

Mudança de nome

Desde a sua criação, e no decorrer de mais de 50 anos, o espaço verde era conhecido simplesmente como Parque Municipal. Essa mudança do nome oficial só foi ocorrer na década de 50, como uma homenagem ao então prefeito de BH, Américo Renné Giannetti, que foi o responsável pelo primeiro grande projeto de reforma e restauração do complexo.

Naquela época, obras como asfaltamento das calçadas e restauração paisagísticas dos jardins foram realizadas, além da construção de uma concha acústica para apresentações musicais ao ar livre.

Ilha dos amores

A Ilha das Garças, um clássico do Parque Municipal, somente se tornou a Ilha dos Amores em 1920, quando precisou ser reformulada no estilo francês, para receber a estátua de Anita Garibaldi, importante figura combatente na Revolução Farroupilha.

Dois laguinhos, três lagoas e algumas cascatas compreendem os recursos hídricos do parque. A Lagoa dos Barcos, um dos principais atrativos do complexo, possui uma frondosa cascata conhecida como “Cascatinha dos Barcos”, que possui abastecimento da própria lagoa em que integra. Nesse espaço, o aluguel de barcos é disponível para os visitantes.



                                                                       Créditos: Antonio Salaverry/ shutterstock


Uma fauna riquíssima

Atualmente, existem mais de 700 animais vivendo nas extensões do parque. Entre elas, pode-se encontrar gambás, garças, micos-estrelas, e pássaros de diferentes tamanhos, cores e espécies. No entanto, na década de 20, o Parque Municipal abrigava jaulas para animais um tanto quanto curiosos, como raposas, jaguatiricas e, até mesmo, uma rara onça-vermelha. Sem falar nas pacas, tucanos, capivaras, papagaios e antas.

Para completar toda essa diversidade, a botânica também não fica de fora. São cerca de 600 espécies de plantas e árvores de todos os biomas brasileiros e do mundo, como figueiras, ipês, ciprestes, lírios, bromélias, azaleias e tantas outras.

Palco de cultura e várias outras atividades

O famoso pintor Alberto da Veiga Guignard, sem ter onde dar as suas aulas de arte, ministrou algumas delas nos jardins do Parque Municipal. Além dessas incontáveis aulas, o espaço também já sediou outras tantas atividades esportivas e culturais ao público da capital mineira. Há relatos de apresentações de piano ao ar livre na década de 40, bem como de jogos de futebol, peteca e até natação e remo, os dois últimos praticados nas lagoas que lá existem. Lembrando também que, na década de 20, uma pista de patinação chegou a ser construída no local. 

Ainda segundo o site da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), na década de 20, o parque também recebeu visitas de importantes nomes da literatura brasileira, como Carlos Drummond de Andrade, Pedro Nava e Emílio Moura.

Funcionamento atual

Devido aos desdobramentos da pandemia do coronavírus, o parque está funcionando, atualmente, de quinta a domingo, das 8h às 17h, com entrada exclusivamente pela Avenida Afonso Pena. 



                                                                     Créditos: Luis War/ shutterstock