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Rodoviária de BH completa 50 anos de idas e vindas

Terminal já teve o título de maior e mais moderno da América Latina



Créditos da imagem: Ascom/APCBH
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Terminal Rodoviário Israel Pinheiro, no centro de Belo Horizonte
Redação Sou BH
09/03/21 às 15:03
Atualizado em 09/03/21 às 15:07

No dia 9 de março de 1971, uma terça-feira, era inaugurado no Centro de Belo Horizonte o Terminal Rodoviário Governador Israel Pinheiro. Na época, era o maior e mais moderno terminal rodoviário da América Latina. Fato que foi superado em 1982 com a entrada em operação do Terminal Rodoviário Tietê, em São Paulo. Nesta terça-feira (9), a Rodoviária de BH, como é chamada pela população, completa meio século de chegadas, partidas, encontros, histórias e conexões. No mês passado, a Rodoviária de BH ganhou um site com notícias, serviços, horários de ônibus e contatos das empresas de transporte que atuam no terminal.

Em condições normais, a Rodoviária é responsável pelo transporte de aproximadamente 10 milhões de passageiros por ano. Desde o início da pandemia de covid-19, há um ano, o fluxo teve queda expressiva, ficando em torno de 80%. A administração orienta que, durante este período, apenas quem for viajar entre no local. O uso de máscaras, durante toda a permanência no terminal e no interior dos ônibus, também é imprescindível, assim como manter o distanciamento adequado. A Rodoviária tem adotado várias medidas preventivas e educativas, para garantir o bem-estar dos usuários.

O prédio, arquitetado por modernistas como Walter Machado, Fernando Graça, Francisco Espírito Santo e Luciano Passini e construído por equipe de engenheiros do Departamento de Estradas e Rodagem (DER/MG), recebeu o prêmio da 1ª Bienal de Arquitetura no ano de sua inauguração. Em 1994, a fachada e o volume do edifício foram tombados pela Secretaria Municipal de Cultura.

Idas e vindas 

Historicamente, os principais destinos e chegadas de passageiros são: São Paulo; Rio de Janeiro; Aeroporto de Confins; os municípios mineiros de Divinópolis, Governador Valadares, Conselheiro Lafaiete, Itabira, Montes Claros, Ipatinga, Teófilo Otoni, Itaúna, João Monlevade, Viçosa, Juiz de Fora, Santa Bárbara, Caratinga; além das cidades de Guarapari e Vitória no Espirito Santo e Brasília (DF).

Foto: Acervo Codemge/Pedro Gravatá

Antes do prédio atual

A primeira Estação Rodoviária do Brasil foi inaugurada, em junho, atrás da Feira de Amostras, de frente para a Avenida do Contorno, em Belo Horizonte. O local era um prédio de dois andares com uma pista coberta por marquise, onde havia espaço para dez ônibus. Em meados dos anos 60, entretanto, a grande demanda por embarques e desembarques, impulsionada pelo crescimento da capital mineira, implicou a necessidade de construção de um Terminal com maior estrutura e capacidade de atendimento.

Foi então que, em 1965, o Governo do Estado de Minas Gerais, à época comandado por Israel Pinheiro, deu ao Departamento de Estradas e Rodagem (DER) a incumbência de executar a demolição da feira de amostras, local que deu espaço à atual Rodoviária, denominada Terminal Rodoviário Governador Israel Pinheiro. As obras foram finalizadas em dois anos, inaugurando-se, em 9 de março de 1971, o complexo arquitetônico formado por oito plataformas de embarque (com capacidade para operar, simultaneamente, até 48 partidas) e sete de desembarque (comportando 14 chegadas simultâneas).

Demolida em 1965 para dar lugar ao terminal rodoviário, Feira Permanente de Amostras era o prédio mais alto da capital (Foto: Ascom/APCBH)