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Sou BH Talks reflete sobre o potente filme Pantera Negra

Pati Lisboa recebeu convidados especiais que falaram sobre a influência do longa na sociedade



Créditos da imagem: Disney/ Divulgação
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Redação Sou BH
27/09/20 às 18:51
Atualizado em 01/10/20 às 13:02

O filme da Marvel, Pantera Negra, lançado em 2018, é um verdadeiro espetáculo de narrativas potentes e representativas. Na história, o herói, T’Challa, rei da cidade fictícia de Wakanda, mostra toda uma potência ao exibir as belezas e a diversidade de povos negros. Dessa forma, com um enredo tão poderoso, o longa garante várias interpretações e debates ao abordar assuntos tão promissores, e, por isso, o Sou BH Talks, em uma conversa emocionante, falou sobre todas as peculiaridades e representações que Pantera Negra repercute.

Para o bate-papo, a mediadora Pati Lisboa recebeu SJota, professor de filosofia, rapper e criador do perfil Afrofilmes; Rangel Sales, professor universitário da área de design gráfico e produção editorial; e Vitor Bedeti, cineasta, artista visual e professor universitário.

De início, os convidados refletiram e lamentaram a morte precoce do protagonista do filme, Chadwick Boseman. Para os participantes, em uma ideia geral, Chadwick foi um verdadeiro herói por, mesmo doente, comprometer-se com a agenda e as gravações do longa, sem que ao menos os telespectadores soubessem de sua doença

 

Protagonismo negro

Pati Lisboa, juntamente com os convidados, refletiram sobre a importância de um protagonismo verdadeiramente de cor, com referências históricas, sociais e políticas que representam todo um povo. “O filme foge dessa linha de uma narrativa histórica, das questões coloniais que colocam as pessoas negras e o continente africano em um local de inferioridade. Pantera Negra, ao contrário dessa visão, traz um herói preto, um homem negro com cultura, com uma formação tradicional, uma imponência, sem estereótipos [...]”, destaca SJota.

Rangel continua a discussão com maestria e fala do longa como um entretenimento e do seu papel representativo. “Não podemos deixar de discutir em momento nenhum. Mesmo em conteúdos totalmente voltados para o entretenimento existe ali um conteúdo sendo discutido. Precisamos ter uma sensibilidade ao olhar, e entender que aquela discussão é necessária. As questões sociais e raciais sempre foram pauta no cinema [...] então por isso o roteiro de Pantera Negra é importante, pois nos coloca em discussão o tempo inteiro, sem perder a essência de um filme de herói”, conta Sales.

Já Vitor dialoga sobre a forma racial e tecnológica levantada na construção do roteiro. “O sucesso do filme vem por inúmeros fatores, mas eu realmente acredito que o roteiro tenha grande função determinante para esse sucesso, pois ele retoma muito essa dualidade africana, que é comum no cinema de vários países do continente. Eu poderia quase afirmar que houve uma pesquisa sobre essa gênese para a escrita técnica do roteiro”, finaliza o cineasta.

A conversa continuou de forma fluida, aprofundando o tema racial e social, levando em conta questões históricas, cinematográficas e experiências pessoais dos convidados.

Confira ao vídeo completo!


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