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Cerca de 25% das crianças em BH têm asma; programa gratuito tenta amenizar riscos

Projeto Criança que Chia oferece assistência e medicamentos para os pequenos belo-horizontinos que sofrem com a doença



Créditos da imagem: Alexander Raths/Shutterstock
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Redação Sou BH
07/05/19 às 20:04
Atualizado em 07/05/19 às 20:19

Com o período de tempo seco chegando novamente, a preocupação de muitos pais com as doenças respiratórias dos filhos também volta. Em BH, cerca de 25% das crianças têm asma, sendo que, desse total, até 80% também têm rinite alérgica. E, nesta terça-feira (7), Dia Mundial da Asma, algumas recomendações de especialistas e números relevantes sobre a doença mostram a importância do cuidado com as pessoas que sofrem com a condição.

Em Minas Gerais, a faixa etária com mais internação pelo SUS é a de crianças com um a quatro anos, somando 3.036 em 2018 e, até o momento, 193 em 2019. O total de internações foi de 631 neste ano. Em 2018 foram 8.856 entre todas as faixas de idade.

Os sintomas e os agravantes

Porém, independentemente da idade, os sintomas são muito característicos. Tosse seca, chiado no peito, dificuldade para respirar, respiração rápida e curta, desconforto torácico e até mesmo a ansiedade. Isso sem mencionar algumas complicações que a doença pode causar, tais como a capacidade reduzida de se exercitar ou fazer outras atividades, insônia, sequelas pulmonares permanentes e internações frequentes.

Mesmo com as reações clássicas, “os sintomas podem variar muito de pessoa para pessoa. Em épocas mais frias e com baixa umidade do ar, os sintomas são mais frequentes”, explica o pneumologista e pediatra do Hospital Felício Rocho, Dr. Wilson Rocha Filho.

Mas algo é constante, cerca de 80% das pessoas com asma, segundo o Ministério da Saúde, apresentam sintomas quando em contado com substâncias transportadas pelo ar.  Poeira, poluição, mofo, pelos de animais e fumaça de cigarro são alguns exemplos. “Ao serem inalados, esses agentes irritam os brônquios, levando a uma crise. Além disso, infecções virais também podem desencadear uma crise de asma”, conta Dr. Wilson.

Opções gratuitas de tratamento

Para combater as complicações e a falta de tratamento correto da doença, a Secretaria Municipal da Saúde criou um programa voltado para as crianças que sofrem com a asma. O Criança que Chia funciona gratuitamente, ofertando assistência integral e acompanhamento com profissionais da equipe de saúde da família no centro de saúde mais próximo da residência da criança. 

O objetivo principal do programa é reduzir a mortalidade por doenças respiratórias na infância, particularmente por pneumonia e asma, além de controlar os casos a partir do vínculo do paciente às unidades básicas de saúde para acompanhamento regular e preventivo.

Propondo uma maior abrangência, o programa identifica a população de asmáticos na área de cada unidade de saúde e estimula os usuários a serem acompanhados pela equipe. Se o asmático tiver a forma persistente da doença, serão fornecidos gratuitamente medicamentos inalatórios e espaçador ao paciente. A medida tem o objetivo de evitar a procura por atendimentos emergenciais em ambulatórios de urgência e hospitalizações.